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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Qua | 14.02.18

O que temos nós contra o AMOR?

Ana

Fazem-me espécie aqueles homens e mulheres que se divorciam do amor. Que se desligam dos gestos românticos. Que acham "pirosas" e "lamechas" as atitudes apaixonadas daqueles que se entregaram com fervor ao sentimento. Que se colocam à margem da celebração e a criticam com desdém.

 

Fazem-me nervos aqueles que se negam a celebrar o Dia de S. Valentim, usando como argumento o "ah e tal, eu não sou pessoa de ir na onda... eu cá sou original".

 

Fazem-me comichão as pessoas que não querem "fazer parte da carneirada que festeja o S. Valentim", mas que depois não se importam nada de "seguir o rebanho", celebrando (tal como milhões de portugueses) o Natal ou a Páscoa. Onde fica aqui a originalidade?

 

Cada um é livre de celebrar ou não, mas irrita-me o argumento do "eu sou original e pragmático por isso celebro o dia dos namorados no fim de semana seguinte, quando os restaurantes já estão menos apinhados". 

 

A sério?! Festejar o S. Valentim no fim de semana seguinte? Mas por acaso alguém celebra o Natal no fim de semana seguinte? Alguém celebra o Carnaval um mês antes ou um mês depois? Tem alguma lógica?

 

Fazem-me suspirar de desalento aqueles (e aquelas) que não vão ao restaurante com os companheiros no Dia de S. Valentim "por causa das filas e da confusão" mas não se importam de esperar horas e horas para comprar um bilhete dos U2. E não se incomodam nada com a confusão quando andam nos saldos, ou a torcer pela sua equipa num derbi de futebol.

 

Fazem-me ficar triste aqueles que se negam a festejar o Dia dos Namorados com o argumento de que "o amor é para celebrar todos os dias, que coisa estúpida haver um dia especial para isso". Mas que... no fundo... não festejam o amor em dia nenhum. Nunca dão mostras de amor ao seu/sua companheira. Porque estão cansados, porque estão "noutra", ou porque simplesmente, não sabem sequer amar. 

 

Por último... fazem-me perder um pouco a esperança na humanidade... aqueles que ATÉ celebram o Dia de S. Valentim, mas sem o sentir verdadeiramente.

Aqueles que compram rosas, que oferecem aneis e fins de semana prolongados. Aqueles que se declaram a torto e a direito nas redes sociais, mas que... na realidade... traem, discutem, enxovalham, desprezam, diminuem constantemente o seu companheiro/a no resto dos dias do ano.

 

Celebrar ou não celebrar o Dia de S. Valentim? Cada um sabe de si e das suas convicções.

 

Acima tudo, o que eu odeio mesmo é a hipocrisia. A hipocrisia daqueles que inventam desculpas para não fazer absolutamente nada neste dia (e na maioria das vezes isso não é nada mais do que o reflexo de alguma preguiça mental- porque pensar em algo giro para fazer dá um certo trabalho, às vezes...). E a hipocrisia dos que andam a "desamar" durante todo o ano e, neste dia se lembram, de repente, que o outro existe. 

 

Como dizia Eugénio de Andrade, "é urgente o Amor, é urgente permanecer". 

Pergunto-me... o que temos nós contra o Amor?

Porque temos tanta vergonha de nos entregarmos a ele?

 

Vamos amar. 

Primeiro, a nós mesmos. Depois, a vida. E em terceiro lugar, o companheiro que nos atura todos os dias e que vai até ao fim do mundo por nós.

E se não houver companheiro? Também não há desculpa.

Apaixona-te por ti e leva-te a um sítio bom dentro do coração. 

"... é urgente inventar a alegria, multiplicar os beijos e as searas". 

Não desistam do Amor... Não desistam!

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