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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Qui | 17.11.16

O primeiro dia na creche: marcas de guerra

Ana

Em setembro, no dia em que foi pela primeira vez para a creche, o Vasco esteve lá apenas duas horas.

Fiquei com o coração apertado ao deixa-lo, mas pensei: "Bem, é muito pouco tempo. Que mal poderá acontecer?". Aproveitei essas horas para tomar café, fazer umas compritas e no final, lá fui eu buscar o pequenote. Soube muito bem gozar uns momentos de dolce fare niente.

Qual não é o meu espanto quando passadas essas duas horas regresso à creche e me dizem que o Vasco tinha feito um corte no sobrolho. Bateu com a cabeça numa cadeirinha de baloiço e passou um mau bocado pois tiveram que lhe por gelo e ele não gostou. 

Optámos por não o levar ao hospital, nem dar pontos, porque a ferida não era muito grande e a zona em si era um pouco chata. O corte ficava mesmo na pálpera e os pontos iam dificultar o movimento de piscar os olhos.

Não foi uma sensação muito agradável recolher o Vasco naquele estado. Naquele momento, embora saiba que estas situações são normais, senti-me a pior mãe do mundo por te-lo deixado no infantário. A culpa (esse problema que tanto ataca as mães), tomou conta de mim. 

Duas horas na creche e já está assim? - pensei. Então quando ficar o dia inteiro, o que lhe vai acontecer? Estava piursa...

À noite, depois de o deitar na caminha, fiquei a pensar se deveria leva-lo novamente no dia seguinte. Estava com receio, mas pensei: Daqui a uma semana começo a trabalhar e nessa altura ele vai mesmo ter que ir. Mais vale começar já a habituar-se, indo poucas horas de cada vez.

Assim, muni-me de coragem e levei-o novamente no dia seguinte. E no dia seguinte, e no dia seguinte. A verdade é que, fora esse incidente, nunca mais aconteceu nada.

Confio inteiramente nas auxiliares e educadoras do Vasco e sei que o que aconteceu foi mesmo um "azar". Claro que foi estranho ter acontecido logo no primeiro dia, mas quanto a mim, isso até teve os seus aspetos positivos: toda a gente ficou a perceber que o Vasco é um reguila que não para quieto e que é preciso ter uma atenção constante aos movimentos dele. 

Hoje estou bastante satisfeita com a creche e com os cuidados fornecidos ao bebé. Fico feliz por não ter desistido à primeira e ter confiado no trabalho das educadoras.

Ficam as imagens do primeiro "material escolar" que comprei para o Vasco: uma mochila e uma lancheira da patrulha pata. Ele adorou!

O Vasco e a sua nova mochila

A brinca com a lancheira nova

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