Havia necessidade?
Não, não havia. Não havia necessidade de me ter aborrecido tanto ... Mas o amor de mãe não se explica. E todas as mães (mesmo as mais meigas) viram uma autênticas feras quando a felicidade dos seus filhos está em risco.
Fui, finalmente, levar o V. ao infantário, depois de uma semana passada em casa. Ele já está melhor da bronquiolite e senti que estava na hora de ele voltar à escola. Fui. Mas fui com o coração apertado.
Parecia que adivinhava... A coisa não correu bem. Sem me querer alongar muito, sinto que o colégio (que adoro!) desta vez, falhou para com as necessidades, bem-estar e felicidade do meu filho.
Só posso dizer que a situação me revoltou tanto que 5 minutos após o ter levado, peguei no V. e trouxe-o novamente para casa. Levei-o para a luz do sol e para o calor dos meus braços. E ele que chorava, abraçou-me com força agradecendo-me o gesto.
Resultado:
... percebi que teria que adiar mais umas horas o meu regresso ao trabalho, porque não tinha ninguém que me ficasse com o V. naquele momento.
... percebi porque é que algumas crianças ganham fobias que os pais não conseguem explicar e que lhes condicionam todo o desenvolvimento.
... e percebi que, por muito que as educadoras, funcionárias gostem dos nossos filhos ( e eu sei que gostam), não há nada, mas NADA como o amor de MÃE!!
Se eu pudesse... ai, se eu pudesse... o meu filho só entraria para a escola com 3 aninhos. Evitava andar sempre doente e, quanto à socialização... já vi crianças com 3 anos bastante sociáveis sem terem andado na creche.
Se eu pudesse protegê-lo para sempre de toda a dor deste mundo, eu seria feliz. Não vou conseguir protegê-lo de tudo. Mas hei de protegê-lo naquilo que eu puder. E este foi um dos momentos-chave.
Depois de conversar com a educadora e responsáveis do colégio, percebi (tentei perceber e colocar-me na pele deles) as razões para o que foi feito e da maneira que foi feito. Continuo a discordar do método imposto, mas lá fui ouvindo os argumentos.
Vou dar o benefício da dúvida e levá-lo amanhã novamente. Espero sinceramente que o V. seja feliz nesta escola, mas fiquei cheia de medo.
Hoje o que aconteceu foi uma pedrada no charco e fiquei de pé atrás. Desejo arduamente que nada igual se repita.
O meu filho sofreu. Puxa... havia necessidade?!!