Terrorismo. Mais uma vez...
Madrid... Paris... Bruxelas... Estocolmo... Londres. Uma a uma, e sem qualquer piedade, as capitais da Europa vão sendo manchadas pelo terrorismo.
Hoje não foi uma capital, mas uma cidade grande e emblemática (vai dar ao mesmo) onde vivem e passeiam diariamente milhões de pessoas. Dizer que estou triste é pouco.
No meio disto tudo, é impossível não pensar... por muito que se tente evitar o dramatismo... chegará a vez de Portugal?!
Este é o pensamento, que é tão mau, tão mau, que até nos custa colocar por palavras. Não vá dar-se o caso de as palavras atrairem atos, e os atos atrairem ainda mais dor. Este é o pensamento que paira nas nossas mentes, mas que nem sequer queremos verbalizar.
Tenho medo, confesso! Tenho cada vez mais medo de passear numa marginal movimentada, de ir a um teatro apinhado de gente, de ver um concerto no meio da multidão.
E quando penso em viajar... tenho medo de escolher um destino trágico. Medo que venha por aí fora uma carrinha e que me leve. Ou que leve as pessoas que mais amo.
Há uma sombra a abater-se na Europa. Para além das mortes, das perdas, da dor, temos uma semente muito zangada e muito má a crescer no nosso terreno. Uma semente resistente e que está cheia de vontade de germinar.
É semente do medo.