A Ciência da Maternidade
Há duas ou três semanas, estava a fazer zapping na minha TV quando de repente me apareceu este documentário na RTP2.
O tema interessava-me bastante por isso deixei-me ficar a ver. Infelizmente só esteve disponível na RTPplay até 17 de novembro, por isso não sei como vos mostrar :(
Como sou bióloga de formação, já sabia que algumas reações das mães têm uma explicação fisiológica.
Já sabia que nós, mulheres, estamos biologicamente programadas (através de hormonas e mecanismos cerebrais diferenciados dos homens) para uma série de comportamentos de proteção face aos filhos, que condicionam a experiência de maternidade.
Mas gostei de aprofundar conhecimentos nesse tema.
Sabiam, por exemplo, que o cérebro das mulheres reage de forma mais intensa ao choro de um bebé, comparativamente com o cérebro dos homens?!
Este documentário fala de um estudo que provou isso mesmo: puseram homens e mulheres a ouvir vários sons da natureza, medindo as reações cerebrais através de eletroencefalograma (ou algo parecido, não sou muito entendida no assunto).
O que se descobriu é que o cérebro dos homens reagia praticamente da mesma forma a todos os sons que passaram. Já o cérebro das mulheres ficava mais "alerta" e alterado assim que a mulher ouvia o choro de um bebé.
Para confirmar estes dados, o mesmo estudo filmou homens e mulheres e a sua reação perante o choro dos seus próprios filhotes.
O documentário dá o exemplo de uma das famílias que foi filmada...
Estavam a tomar o pequeno-almoço. Um dos bebés (que estava numa cadeirinha no chão) chorou várias vezes e a mãe levantou-se sempre da mesa para lhe dar atenção. Já o seu marido, embora fosse um pai muito presente (isto dito pela própria mãe) nunca se levantou do seu lugar, continuando a comer.
Mais tarde, confrontado com as imagens filmadas, o marido ficou surpreendido aos constatar que a sua esposa se levantou 3 ou 4 vezes! Confessou que nem sequer se tinha apercebido que o filho bebé estava a chorar, daí não se ter levantado.
A verdade é que nem sequer tinha ouvido e as imagens mostram isso. Ele está a comer e não dá por ela de nada :)
Estes dados vêm fortalecer a ideia de que as mulheres são geneticamente mais sensíveis aos sons do bebé do que os homens. Sendo que estes últmos estão, por outro lado, biologicamente preparados para outras atividades como a defesa da prole e a caça.
Isto poderia levar-me a discussões de carater feminista e não quero muito entrar por aí hoje.
Digo-vos apenas que defendo que haja respeito pela mulher, assim como igualdade de oportunidades, mas... não defendo que as mulheres sejam iguais aos homens em termos biológicos. Porque não são.
E essas diferenças biológicas, quer as pessoas queiram, quer não... vão refletir-se em vários aspetos da vida quotidiana e profissional.
Outro tópico interessante deste documentário foi a análise da taxa de divórcios consoante a idade dos filhos.
Segundo os dados, a maior taxa de dvórcios ocorre nos primeiros dois anos de vida dos filhos. Ou seja, os primeiros dois anos de maternidade são os mais difíceis e tensos entre o casal.
Casais com filhos de 4 anos, já se divorciam menos do que aqueles com filhos de 2 anos. E casais com filhos de 6 anos já se divorciam menos que os de fihos de 4 anos.
Basicamente, o que eu percebi é que, se um casal conseguir ultrapassar a barreira dos 2 anos do filhote... está safo! :))
Agora a sério... vejam o documentário, tentem encontra-lo ou descobrir alguém que tenha gravado e tirem as vossa conclusões. E digam-me o que acham. Estou aberta a comentários, e opiniões diferentes da minha.
Abraço pessoal!