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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Dom | 30.06.19

Vamos todos ajudar a Matilde?

Ana

É impossível ficar indiferente à história da Matilde. 

Eu já dei o meu humilde contributo. Se todos os fizerem facilmente chegaremos aos 2 milhões de euros necessários. 

Não virem a cara ao lado, não passem à margem desta iniciativa. Um dia podem ser vocês, os vossos sobrinhos, netos, filhos...

Força Matilde!!

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Sab | 29.06.19

Escolas que pensam fora da caixa...

Ana

Estive a participar numa Conferência sobre os novos paradigmas da Educação e confesso que saí de lá fascinada. 

Tinha algumas idéias sobre aquilo que gostava de um dia fazer com os meus alunos e foi giro perceber que, por esse país fora, há muita gente que também pensa de modo semelhante. 

No facebook do blogue fui deixando algumas anotações (frases que fizeram muito sentido para mim e que foram ditas pelos palestrantes) e pensamentos. 

Para ser sintética, vou falar-vos aqui apenas de um caso de uma escola que anda, já há vários anos, a praticar um ensino fora daquilo a que estamos habituados: a Escola da Ponte em Vila das Aves. 

Nessa escola, não existem salas de aula, mas sim espaços de trabalho. 
Os professores não lecionam sozinhos, mas sim em equipas.

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Em cada sala há sempre mais do que um professor.

Os alunos definem o seu próprio currículo, e criam projetos que lhe dizem algo. É a partir desses projetos que vão aprendendo as várias matérias.

Os profesores não "dão" aulas no sentido tradicional do termo. As aulas expositivas são uma parte muito residual.
A maioria da aprendizagem é feita pelos próprios alunos, através de trabalho autónomo em pequenos grupos.

Quando um aluno tem um dúvida, fica encarregue de pesquisar, de pedir ajuda aos colegas que já sabem essa matéria. Em último caso, se continuar sem perceber, pode pedir uma "aula direta" por parte do professor.

Todas as decisões são tomadas em assembleias, com grande participação de todos: alunos, professores e encarregados de educação.

Não existem praticamente reprovações, porque o programa é desenhado à medida de cada aluno.

Os professores não debitam matéria. Estão na sala para funcionar como mediadores: organizam os grupos, esclarecem dúvidas, dão pistas para resolução de problemas, dão as chamadas aulas diretas quando os alunos solicitam e fazem a avaliação final (que raramente incide em testes de avaliação).

Todas as aprendizagens dos alunos são significativas para eles. Se um aluno, por exemplo, diz que só gosta de futebol, poderá ser criado todo um projeto à volta disso. E nesse projeto, o aluno vai aprender matemática, português, ciências naturais, etc... mas sempre à volta do tema "futebol" (isto para dar um exemplo).

Os alunos são responsáveis por pequenas tarefas, como assinalar num quadro a sua própria assiduidade e pontualidade.

Vão circulando pelos diversos grupos, ora para pedir ajuda aos colegas, ora para serem eles próprios a ajudar.

A principal dificuldade dos alunos desta escola, penso eu, será quando tiverem que passar para o 10º ano. Terão que ir para outras escola e ser integrados à força no modelo tradicional ao qual não estão habituados.

A verdade é que os tempos estão a mudar e o ensino tem que se adaptar a isso.

Deixo-vos uma frase que ouvi e que me fez pensar:

"Estamos a ensinar alunos que nasceram no século XXI, com professores do século XX que ainda usam métodos do século XIX"...

Vale a pena pensar nisto...

Se tiverem oportunidade pesquisem a Escola da Ponte e tantas outras escolas que andam por esse país fora (como a de Vila Nova da Barquinha) a provocar ventos de mudança na forma como se ensina em Portugal.

Deixo-vos o link do projeto ÂNCORA no Brasil, no qual várias outras escolas do nosso país se estão a inspirar para melhorar a educação.
Esta é considerada a melhor escola do mundo neste momento, tendo recebido inúmeros prémios e reconhecimentos.

https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=1ieZJsT5yTE

Agora que sou mãe, penso muitas vezes se não deveria matricular os meus filhos numa escola assim. 

E vocês, o que pensam sobre o assunto?

Gostariam de matricular os vossos filhos numa escola assim, ou preferem o modelo tradicional?

Ter | 25.06.19

Mais um dia no paraíso

Ana

Hoje o Xavier voltou a não dormir de noite. Depois de tentarmos 1001 estratégias e nada resultar... rendemo-nos às evidências. Esta noite seria para esquecer. 
Fizemos turnos com o bebé para que cada um conseguisse descansar um bocado e o último turno calhou-me a mim. 
Quando finalmente o Xavi adormeceu, pousei -o no berço e fui à varanda espairecer. Mesmo a tempo de ver o nascer do sol. 
O céu estava com cores lindas e a paisagem seria interessante se eu tivesse energia e cabeça para a apreciar. 
Já vi muitos nasceres do sol noutras ocasiões. 
O mais bonito a que assisti foi nos Açores, num local da ilha de S. Miguel chamado Ponta da Madrugada. 
Entre esse nascer do sol dos tempos de estudante e o nascer do sol de hoje... vão 20 anos de distância.
A Terra continua a ser um paraíso. Só as circunstâncias mudaram. Se antes eu acordava as 5 da manhã de propósito para ver o dia nascer...hoje... se me deixarem dormir mais um bocadinho eu agradeço.
Não tenho saudades da minha vida antes de ser mãe . Mas tenho saudades de ter energia e vontade para abraçar o nascer do sol.
Lá chegarei...acredito. 
E voltarei sem dúvida à Ponta da Madrugada.

[foto retirada de casamentos.pt]

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Sab | 22.06.19

Uma vez mais... os avós!

Ana

Neste momento, estamos os quatro doentes cá em casa. Eu e o Vasco com enjoos e vómitos. Xavier e Zé estão brancos como a cal e têm intestino totalmente desregulado. A noite foi para esquecer, tivemos que mudar 3 vezes a cama ao Vasco e a nossa casa de banho parece saída do filme "exorcista".
É o caos! 

É um bocado complicada a nossa situação. Normalmente, há um dos adultos que está bem, mas desta vez, nem eu nem o Zé estamos em condições. Por isso, hoje de manhã (e porque ainda por cima vou dar explicações a um menino que vai ter exame brevemente) tivemos uma vez mais que recorrer à nossa REDE DE SUPORTE: os avós!

É neste momento que cresce a minha admiração pelas pessoas que, infelizmente são obrigadas a criar os seus filhos sozinhas.

Pais e mães solteiras/divorciados... casais que vivem longe dos pais e dos sogros... pessoas que por falecimento dos pais têm que lidar com tudo sozinhos... vocês têm todo o meu respeito!!!

É claro que, se não existissem os avós, lidaríamos com esta situação e encontraríamos alternativas para resolver o assunto. Mas seria muito mais difícil, reconheço. Ter os dois miúdos a chorar, um para cada lado e a irem alternadamente ao WC para "descarregar" os vírus... não é fácil.

Por isso... obrigada avós do Vasco e do Xavier por estarem desse lado! 
Um beijinhos enorme para todos os avós deste mundo. E uma vénia grande a todas as mães e pais que, por razões diversas, são obrigadas a viver sem esta rede de apoio!

Qua | 19.06.19

Consulta de 1 ano do Xavier

Ana

Hoje o Xavier foi à "revisão", eh eh.

Fomos à consulta dos 12 meses (embora faltem alguns dias para a data oficial) esta era a data mais compatível entre a nossa agenda e a da médica.

E então, querem saber como correu? Maravilha!

Xaiver está impecável, tudo dentro da normalidade. 

Caso tenham curiosidade, mede 74cm e tem 9.450Kg (valores um pouco mais elevados que o mano na sua idade).

Em relação ao sono e ao facto de ele acordar duas e três vezes para mamar durante a noite foi-me receitada... muita paciência, eh eh!

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Ter | 18.06.19

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos...

Ana

Confesso que é uma coisa que mexe um bocado comigo. Afinal de contas, parte-se do princípio que mãe que é mãe tem que saber adormecer os seus rebentos.

Mas eu demoro séculos e séculos a adormecer os meus filhotes quando eles são bebés. E às vezes, mesmo depois de uma hora a tentar todas as estratégias de que me lembro... eles continuam acordados. Torna-se frustrante.
Por isso, quando o pai ou os avós estão presentes, prefiro delegar neles essa tarefa. A verdade é que em menos de 5 minutos eles conseguem pôr o Xavier a dormir.

Já com o Vasco eu tinha este problema. E penso, muito honestamente, que tem a ver com o meu sistema nervoso. Embora não pareça, sou uma pessoa muito ansiosa e stressada.
Quem lida diariamente comigo (colegas de profissão, conhecidos) vê-me como um mar calmo, como uma pessoa pacífica. Mas a verdade é que existe muito vento e ondulação cá dentro 

Os meus nervos passam literalmente para os bebés e eles em vez de dormirem, ficam cada vez mais agitados. Com o Xavier tenho um problema acrescido: é que mal o coloco ao peito, ele procura a mama. Se isso dá jeito em determinadas ocasiões, noutras... nem por isso.

Fico um bocado sentida, quando ouço alguns comentários sobre este assunto. No outro dia, estava num evento e, assim que entreguei o Xavier ao pai (para este o adormecer) ouvi uma pessoa a comentar para a outra:

- Que vergonha... esta é mãe e não sabe adormecer os filhos!
Tudo isto, seguido daquele ar de reprovação de quem sabe muito e é um exemplo de perfeição.

A essas pessoas, quero dizer o seguinte (cof, cof, aqui vai...):

 

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos,
mas fui eu que os sonhei, 
que os desejei ardentemente,
que os concebi com AMOR
com a certeza de que lhes iria dar tudo
e que teriam sempre o melhor de mim.

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos,
mas fui eu que os carreguei no ventre
que aguentei os enjoos, 
as pernas inchadas, o aumento de peso,
o cansaço e as insónias
durante 9 meses.

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos?
Mas fui eu que os pari, 
que fui cortada e cozida,
que fiquei com cicatrizes,
que perdi sangue, que tive dores
que lutei até ao fim
para que nascessem bem.

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos...
mas fui eu que os alimentei,
que lhe dei colo e mais colo,
que os levei ao centro de saúde para as vacinas, 
que lhes dei banho, 
que aguentei a fase das cólicas,
que passei dias e dias sozinha,
sem tempo para tomar banho, comer, 
ou simplesmente, 
respirar.

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos, 
mas vou buscá-los à escola, 
estou presente nas festinhas do colégio,
preparo as mochilas à noite, 
faço a sopa e organizo o jantar,
apanho, estendo e passo a roupa deles,
e ponho mais roupa a lavar.

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos, 
mas conto-lhes histórias antes de dormirem, 
faço brincadeiras com fantoches
e ponho os ursos de pelúcia a falar.
Construo pistas de carros com legos, 
e faço voz de robot. 
Meto sais de cor na banheira
e dou banhos gigantes de espuma,
Vejo desenhos animados até me fartar, 
e canto músicas do panda até enjoar.

Não tenho jeito para adormecer os meus filhos, 
mas não sou por isso menos mãe. 
O todo é muito mais que a soma das partes.
Não sei embalar bebés, 
mas sei ama-los incondicionalmente.

E isso deve valer para alguma coisa...
Ou não?

Seg | 17.06.19

Mudança de rotinas!

Ana

Quando o Vasco era filho único, eu e o pai alternávamos nas idas ao infantário: nuns dias da semana era eu que levava o Vasco à escola e, nos dias em que o meu horário não o permitia era o Zé que o levava de manhã.

Mas entretanto o Xavier nasceu e as rotinas mudaram. Nos primeiros meses, como estava sol ainda fui eu a levar o Vasco (o xavier fazia a viagem comigo mas depois regressava , pois ainda não andava na creche) e tinha a ajuda dos avós na hora de ir buscar.

Por volta do mês de novembro começaram as chuvas e o frio e achei que era um absurdo tirar o Xavier de casa com aquele tempo. Isto para não falar da logística de tirar os dois do carro no meio do temporal. Havia sempre alguém que se molhava e era um stress.

Assim,nos últimos meses, decidimos que o Zé ficaria responsável por levar o Vasco e eu, um pouco mais tarde,levaria o Xavier.

Tornou-se mais simples porque assim ..."descarregavamos" um filho de cada vez. Para além disso, como amamento o mais novo, podia usar aquela hora sozinha com ele em casa, para dar de mamar sossegada sem ter o Vasco sempre a chamar por mim e a interromper.

Não pensem contudo que foi uma decisão fácil de gerir. Não pensem que não me custava ver o Vasco a sair de casa as 7.30, quando o irmão apenas saía às 9horas. E nos dias de chuva e frio ainda me sentia pior.

Mas nunca tentei ser uma super mãe. Não sou uma heroína, faço o melhor que posso. O primeiro ano da vida de um bebé é muito cansativo e temos que tomar algumas decisões complicadas. Para facilitamos um pouco a nossa vida e não perdermos a sanidade mental.

Neste momento, já não chove aqui no norte e levar os dois à escola tornou se uma tarefa mais fácil. Por isso as rotinas mudaram novamente !

Agora voltei a levar os dois à escola e o Vasco já não acorda tão cedo. Ele está mais feliz e eu sinceramente também. Assim como mais aliviada por a vida estar a regressar à normalidade...

Sex | 14.06.19

Dúvidas importantes

Ana

- Mamã... O corrossel chama-se corrossel porque corre muito não é?
- Não é corrossel... diz-se CARROSSEL, Vasco...
- Ah... então chama-se carrossel porque tem muitos carros a andar à roda. 
- Nunca tinha pensado nisso. Realmente... Deves ter razão, Vasco!
- Pois. Devo ter. Mas há um problema.
- Qual?
- Nem todos os carrosséis têm carros. Alguns têm animais. 
- Hum... pois... esses são os animosséis - digo-lhe na brincadeira.
- Não brinques! Esse nome não existe!
- Pois não. Estava a brincar contigo.
- Ó valha me Deus, mamã. Valha -me Deus!

E pronto. Filho de 3 anos a colocar a mãe na linha . Nem quero imaginar quando tiver 13 anos...

Qua | 12.06.19

Um doce!!

Ana

O Vasco tem tanto de reguila, como de meigo e ultimamente tem sido uma doçura na forma de falar. Entre outras coisas, vou dizer-vos o que esta mãe aqui tem ouvido:

- Mamã, és tão bonita! 
- Eu também quero ir contigo à rua. Eu porto-me bem, eu gosto de ti!
- Eu gosto tanto que me venhas buscar à escola!
- Mamã, porque demoraste a vir buscar-me? Eu estava aqui à tua espera!
- Tinha saudades tuas, mamã!
- Abraça-me.
- Tens um vestido muito bonito.
- Não quero ir à escola, quero ficar contigo.

Ora digam lá, que isto não frases para derreter manteiga? 
Adoro! Fico de coração quentinho e com a certeza que, por muito imperfeita que seja, alguma coisa boa devo andar a fazer 

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