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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Dom | 31.03.19

A zippy, o genderless... e os escoceses

Ana

Eu juro que tentei manter-me à margem da polémica da Zippy.

Prometi a mim mesma que nem uma palavrinha, nem um postsinho iria escrever sobre esse "não-assunto"!

Mas depois... mas depois lembrei-me de algo. E esse "algo" fantástico e maravilhoso nunca mais me saiu da cabeça... por isso tenho que partilhar aqui com bochêses!

 

Então qual foi a associação mental maravilhosa que aqui esta cabecinha fez?

 

Basicamente, estava a pensar em Zippy, em roupa sem género, em raparigas de calças, homens de saias...

Homens de saias? Homens de saias? Pronto, foi aqui que eu parei.

Lembrei-me subitamente daqueles anúncios antigos do whisky William Lawson´s em que aparecem aqueles escoceses de saias. Sempre bem dispostos e prontos para a diversão...OMG!! :))

Sim... podem crucificar-me... sei que o assunto da roupa genderless é coisa séria para muita gente, mas eu quando penso em roupa genderless não penso na Zippy, nã senhora.

Penso em escoceses... E penso...penso...

Acho que estou a precisar de um whisky. Estou a ficar com a garganta seca :)

 

 

Sex | 29.03.19

Agora safa-te desta, mãe

Ana

Como Vasco ainda não tem grande noção da duração dos meses e das estações do ano, costumo usar a árvore em frente a nossa casa para o ajudar nesse processo. Acho que já tinha falado disso, aqui. 

Na semana passada, e como ele me estava sempre a perguntar quando é que começavamos a ir para a praia, repeti o método usado no Natal. Disse-lhe:

- Olha, está a ver aquela árvore que está ali em frente e que não tem folhas nenhumas? 

- Sim...

- Pronto. Quando essa árvore se encher de folhas, é porque chegou o verão. 

- Ai é?

- Sim! E nessa altura.... serão horas de irmos para a praia, yeiii!!

- E como é que a árvore sabe que são horas? Onde está o relógio?

- Qual relógio?

- O relógio da árvore que diz as horas.

- A árvore não diz as horas. Nós é que vamos olhar para a árvore e perceber que chegou o verão, logo... está na hora de irmos para a praia. Porque ela nessa altura a árvore vai estar cheia de folhas. Ao contrário de agora que não tem folhas nenhumas.

- Mas se vai estar cheia de folhas, não se vai ver o relógio!... (cara preocupada)

- As árvores não têm um relógio, Vasco... é uma maneira de dizer...

- Hum... 

 

É de mim, ou desta vez o "método da árvore" saiu-me ao lado? :)

Qui | 28.03.19

Vamos ser corridos do prédio

Ana

De certeza. Se estas coisas continuarem a acontecer...

Passo a explicar:

Em casa, temos o hábito de chamar nomes "carinhosos" uns aos outros.

Ou são nomes de animais (eu sou o elefante, o pai é o hipopótamo e os miúdos são os macaquinhos), ou são nomes de banda desenhada, ou são... nomes inventados por nós. Neste último caso, às vezes corre mal.

Ultimamente, um dos nomes que anda mais na moda cá em casa é o "estrunfo".

Se alguém faz uma coisa disparadas, essa pessoa está a ser "um estrunfo". Quando alguém faz algo carinhoso e fofo, então passa ser "estrunfinho".

- Até amanhã, estrunfinho! - é uma das formas como nos despedimos à noite.

Ok... o Vasco ganhou gosto à palavra e agora é estrunfo para aqui, estrunfo para acolá. 

Qual é o problema. É este:

No início da semana, cruzámo-nos com um senhor à entrada do elevador...

O senhor entra no elevador, a gente sai e... o Vasco olha para o homem e o que é que se lembra de dizer?!!

- Olha papá... ca granda estrunfo!!!

Sem comentários. Vamos ser corridos do prédio.

À espera que chegue o abaixo assinado dos moradores.

 

Qua | 27.03.19

A cumplicidade entre os irmãos

Ana

No fim de semana o tempo estava bom, e apetecia estar cá fora.

Estendemos uma mantinha no jardim da avó e por lá ficámos a relaxar. Que bem que soube apanhar os primeiros raios de sol de primavera!

Tinha levado a máquina fotográfica comigo e aproveitei para registar o momento.

É notória a cumplicidade que já se criou entre os dois irmãos...

São momentos ternurentes como este que nos fazem acreditar que ter dois filhotes tão próximos foi uma boa opção!

 

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Mais fofura que isto é impossível, não acham? 

Seg | 25.03.19

Os avós dos meus filhos

Ana

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Os avós dos meus filhos são uma peça-chave na felicidade desta família.

Tanto eu como o meu marido temos razões para agradecer porque os nossos pais ainda estão vivos e respiram de boa saúde (com exceção de pequenas maleitas relacionadas com o avançar natural da idade).

 

Vivemos todos perto uns dos outros, o que é ótimo. Os meus filhos podem desfrutar do carinho, sabedoria, petiscos dos avós sempre que lhe apetece.

 

A isto acresce o facto de nos darmos todos bem, o que é uma raridade nos tempos que correm! :)

Tal não significa que tenhamos gostos parecidos, ou que pensemos da mesma forma. Claro que não!

 

Os avós paternos são mais tradicionais, conservadores, acordam muito cedo, dão importância aos costumes da sua terra e gostam de ter tudo muito organizado. São caseiros, vivem no campo, gostam de receber gente em casa, e de cozinhar aqueles pratos tradicionais que eu adoro!

 

Os avós maternos são mais liberais, gostam de acordar tarde, não ter rotinas fixas, nem horários estabelecidos. São mais descontraídos, vivem na cidade, gostam de ir à praia, fazer compras no shopping, passear ao sabor do momento. São experimentalistas na comida, gostam de inovar nos petiscos e também me deliciam com iguarias de fazer crescer água na boca.

 

Quer os avós paternos, quer os maternos adoram os meus filhos e fazem verdadeiras loucuras por eles. Mimam-nos imenso (eu poderia dizer "estragam-nos com mimos", mas aí já teria que os ouvir, eh eh), têm uma paciência tremenda e um abraço sempre pronto. Por muitas asneiras que os meus filhos façam, os avós dizem sempre que eles "se portaram muito bem". Têm uma visão distorcida da realidade, como resultado do amor imenso pelos netos.

 

À segunda-feira, saio mais tarde do trabalho e os avós maternos vão buscar os miúdos. À terça-feira são os avós paternos a fazê-lo.

Durante o fim de semana, sempre que necessário ficam com os pequenos, alternadamente. Ora ficam com o mais novo, para que possamos estar algumas horas a sós com o mais velho; ora ficam com o mais velho, para podermos estar algum tempo com o bebé.

Graças aos avós conseguimos dar aos nossos filhos momentos de exclusividade, apesar de não serem filhos únicos. Conseguimos também ter algum tempo para nós, como casal.

 

Sei que nem toda a gente tem os pais vivos, ou a morarem perto. E por isso, tenho perfeita noção que neste aspeto, tanto eu como o meu marido somos privilegiados. Sei que a vida seria muito mais complicada se não tivessemos este apoio extra, isto para não falar das saudades que teríamos a toda a hora.

 

Há casais que guardam os filhos para si, e eu percebo que em alguns casos tenham razões para isso. Mas defendo que os filhos não são só nossos: são nossos e um bocadinho também dos avós. Quanto mais não seja porque... se os avós não existissem, nós também não existiriamos.

No corpo dos meus filhos corre o meu sangue. Mas corre também o sangue dos seus avós e de todas as gerações passadas. Não se pode voltar as costas a este legado.

 

No coração de um avô cabem todos os netos. E no coração de um neto há sempre espaço para o amor desmesurado dos avós.

Sab | 23.03.19

Adivinhem quem já tem 1 dentinho!

Ana

Ser mãe é... dar importância a assuntos que não significam nada para os restantes mortais. E um desses assuntos é a dentição dos nossos filhos! O que significa o nascimento do primeiro dente? Aparentemente, este acontecimento pouco terá de relevante. A não ser para nós, mães babadas e completamente apaixonadas pelas nossas crias. Pois é... o Xavier já tem um dentinho. Descobri na sexta-feira quando fui busca-lo à escola. É engraçado que, nos últimos tempos, acontecem coisas engraçadas à sexta-feira. Uma dessas foi o dizer "da-da" - também começou numa sexta-feira. Vou ficar atenta às próximas sextas... é uma espécie de follow friday em formato bebé.

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Qui | 21.03.19

Ter dois filhos seguidos... vale a pena?

Ana

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As pessoas perguntam-me muitas vezes como é ser mãe de dois meninos com idades tão próximas. E eu sei muito bem que o que eu responder a essa pergunta poderá ser... decisivo. Isto porque há mães que estão indecisas. Mães que ainda estão no limbo, a pensar se devem ou não ter mais um bebé.  Quando eu falo da minha experiência... sei que essas mães vão estar atentas. Por isso é com muita cautela que abordo a questão. Então como é ter dois filhos quase de seguida? Posso dizer que ter dois filhos bebés é uma experiência desafiante, que nos faz superar vários limites. É ter que andar na rua com um filho de 3 anos pela mão e um carrinho de bebé a ser empurrado com a outra mão. É andar com dois miúdos na calçada cheia de buracos, desejando ardentemente que não chova... porque se chover, vão faltar mãos para segurar o guarda-chuva. É ter toda uma logística na hora de levar os miúdos ao infantário:  Mete alcofa de um no carro, coloca carrinho na mala, vai buscar o outro filho que entretanto anda a correr pela garagem. Mete segundo filho no carro, mete mochilas, vira para trás para apanhar chupetas, lida com os choros dos bebés durante a viagem… É a certeza de nunca mais ter um minuto de paz e tranquilidade na vida! É a privação do sono a multiplicar por dois (se os bebés forem pouco amigos da "caminha"). É ter duas mochilas para preparar à noite. É fazer duas sopas diferentes, porque um já come com sal e o outro não come sal e tem que ter carne na sopa. É mudar fraldas sem fim, passar roupa que nunca mais acaba e ter a casa sempre desorganizada. É dar dois banhos seguidos (porque ainda são muito bebés para ficarem os dois na banheira). É ler uma história a um deles, ir a correr dar de mamar ao outro e rezar que não acordem muitas vezes durante a noite. É nunca mais conseguir seguir uma série na TV. É tentar dar o máximo de atenção a cada um dos bebés, sabendo que nunca terão a exclusividade dessa atenção (essa é a parte que mais custa!) Agora... se vale a pena passar por isto? SIM!!!! Tenho uma casa alegre, ruidosa, cheia de movimento, de risos, de choros, e de... VIDA! Tenho duas crianças super diferentes na sua personalidade mas que todos os dias me dão pequenas alegrias. Tenho "algo" que me faz acordar todos os dias, que me faz lutar, que não me deixa desistir. Tenho dois filhos que, se Deus me ajudar, haverão de ser os melhores amigos e estarão junto um do outro nos momentos mais difíceis. Não me arrependo da decisão que tomei. Se é difícil? É. E muito. Não vou dourar a pílula… Mas todos os dias há algo que me faz acreditar que ter dois filhos seguidos foi uma escolha mais do que acertada.

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