Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Qui | 28.02.19

A mãe também pode ser infantil!

Ana

6a01538f62421f970b0168e5a8cbbc970c-800wi.jpg

 

Ontem fui buscar os miúdos ao infantário. Quando íamos à caminho de casa, o Vasco começou a chorar no carro porque queria a chupeta.

O irmão mais novo, contagiado pelo choro do mais velho começa a berrar também. Arggg!

Estava uma fila enorme de trânsito... no meio da condução ainda tentei meter a mão na parte de trás do carro para procurar a chupeta. Toda torcida, cheia de dores nas costas e a começar a ficar impaciente...

Não consegui encontrar a chupeta. Os choros dos dois manos continuavam cada vez mais alto.

Em desespero, tomei uma atitude extremamente adulta e sensata: liguei o rádio e pus a música super alta para não os ouvir, yeiiiii!

O Vasco ainda tentou berrar pela chupeta por cima da música, mas como eu não ouvia nada, calou se. Consequentemente, o seu mano bebé também acalmou.

Agora digam me... Sou a única alma desta mundo que quando sente que tudo está perdido põe a música do carro no máximo para se abstrair das birras dos miúdos?

Digam me que não... :)

Seg | 25.02.19

Passear no Santuário do Bom Jesus

Ana

Ontem esteve um dia quente, para os parâmetros normais desta época do ano. 
Muitos portugueses rumaram à praia.

Nós optámos por um programa diferente. Fomos passear no Santuário do Bom Jesus, em Braga. 
Trata-se de um local muito bonito que respira mística e tranquilidade. Embora seja um "local santo", o espaço tem inúmeras atividades giras que as crianças podem fazer!

 

Chegámos por volta das 16 horas e estacionámos o carro no parque perto do "elevador" que nos levaria à parte de cima do Santuário (cerca de 100 metros de desnível). 

Não sei se sabem mas este foi o primeiro funicular construído na Península Ibérica, e é atualmente o mais antigo em serviço no mundo a utilizar o sistema de contrapeso de água!

 

IMG_1607.JPG

IMG_1617 (1).JPG

IMG_1616.JPG

Chegando lá a acima, começámos por admirir a vista esplêndida sobre a cidade de Braga. Mas o Vasco rapidamente nos mobilizou para outras paragens! Desde que mencionámos que havia grutas para visitar que nunca mais quis outra coisa:

braga-santuario-de-bom.jpg

Continuando a subir pela montanha acima, chegámos ao lago dos barquinhos. Aqui, por cerca de 3,5 euros, cada família poderá desfrutar de uma viagem de barco com duração de 15 minutos.

IMG_1653.JPG

IMG_1641.JPG

 IMG_1657.JPG

 

IMG_1646.JPG

IMG_1669.JPG

 

IMG_1666.JPG

A parte mais engraçada da viagem foi quando o Vasco insistiu para o pai parar de remar, porque estava a bater com os remos nos peixinhos (havia dezenas e dezenas de peixes no lago).

Continuando o programa, fomos passar algum tempo no parque infantil do Santuário. O Vasco achou que o parque era "inquível" pois tinha imensos escorregas :)

 

IMG_1674.JPG

 

IMG_1675.JPG

Como já eram quase 18 horas, corremos novamente para níveis inferiores do parque, pois a última viagem do funicular é a essa hora.

Conseguimos entrar mesmo a tempo no elevador e fizemos mais uma viagem engraçada de regresso ao parque de estacionamento. 

Foi um dia muito feliz e diferente. O Santuário do Bom Jesus merece ser visitado por inúmeras razões. Estas foram só algumas! :)) 

 

 

Sab | 23.02.19

Esqueceram-se de atualizar o agregado familiar nas finanças? E agora??

Ana

BBOqZP8.jpg

 

Como sabem o prazo para se proceder à atualização do agregado familiar terminou no dia 16 de fevereiro.

E o que acontece aos "esquecidos"? Bem... temos aqui duas opções:

- Se não houve alterações no agregado familiar durante o ano de 2018... o problema é mínimo. Podem ficar descansados que vão receber tudo direitinho e quem utiliza o sistema de IRS automático pode continuar a fazer o IRS pela internet.

- Se houve alterações no agregado familiar (devido a nascimento de filhos ou mortes de familiares) então o caso muda de figura. Se querem receber o valor correto de IRS vão ter que preencher o IRS à mão (Oh god!) e não vão poder fazê-lo pela internet. 
Porque se o preencherem pela internet os cálculos vão dar errados (ou vão receber a mais e depois têm que devolver, ou vão receber a menos).

Portanto, aqui fica este pequeno "castigo" para os mais esquecidotes! Este ano, o vosso IRS vai ser preenchido à mão muahahah (se já estavam a habituados, é só continuar)

Agora digam-me uma coisa... Não acham que as nossas finanças deveriam ter uma forma de atualizar automaticamente este dados?

Através do cartão de contribuinte ou certificados de nascimento dos nossos filhotes quer tivemos que entregar quando, por exemplo, pedimos a licença de maternidade? O simplex não poderia ainda ser mais... simples? 

Sab | 23.02.19

Onde andam as nossas crianças?

Ana

Quinta-feira, pelas 6 da tarde estava no parque da nossa cidade com os meus dois filhos, aproveitando o sol que é tão raro nestas alturas do ano.

Sabem quantaa crianças eu vi nesse parque?

Apenas uma. A andar de bicicleta com o pai.

Onde andam as nossas crianças?

Por que insistimos em coloca-las em espaços fechados a ter inúmeras atividades quando podemos simplesmente deixar os miúdos a correr e a salta no parque??

Podem dizer-me que é culpa do estado e dos horários de trabalho da maioria dos pais. Mas isso não me convence. Porque no momento em que fui bucar as minhas crias à escola, vi outros pais e a avós a fazer o mesmo.

Por que motivo preferem os pais colocar as crianças na natação, no ballet ou no inglês (salas fechadas, mais do mesmo...) em vez de os deixar ser livres em espaços verdes e com ar puro?

Fica a questão...

IMG_0357.JPG

Qui | 21.02.19

A arte de não aproveitar o tempo livre!

Ana

Digitalizar0013-296x300.jpg

 

A minha quinta-feira é, por força da redução de amamentação e outras condicionantes, um dia mais livre do que os restantes dias da semana. Isto em termos laborais.

Antes de começar a trabalhar tinha prometido a mim mesma que ia usar essa quinta-feira para tratar de mim, relaxar um pouco e organizar as coisas cá em casa. Sem a pressão de ter os filhos por perto. Basicamente, ia usar essas quintas-feiras para me desforrar dos 7 meses que passei metida em casa com o bebé. Planeei massagens, cabeleireira, passeios no parque e idas ao shopping, kkk.

Sabem o que é que aconteceu? Pois é assim:

Primeira quinta-feira: achei que era giro levar o mais velho a dar um passeio de comboio. Para compensar a pouca atenção que lhe dei nestes últimos meses devido ao nascimento do bebé.
Tempo para mim? Népias.

Segunda quinta-feira: de manhã levei o mais velho à creche e fiquei com o mais novo. À tarde, fiquei com remorsos por isso fiz o contrário: deixei lá o mais novo durante umas horas e fui passear com o mais velho. Tempo para mim? Népias.

Terceira quinta-feira: tinha decidido que ia ser fria e racional, ou seja que ia levar os dois miúdos à creche para tirar um tempinho de lazer. O que é que aconteceu? O mais novo ficou doente. Fiquei todo o dia com ele em casa. 
Tempo para mim? Népias.

Hoje é quinta-feira novamente!
Pedi a todos os santinhos para não acontecer nada que perturbe a minha paz, mas sei que a Lei de Murphy é muito forte por estes lados.

O mais velho já foi para a escola e o mais novo também irá daqui a pouco. 
E o que é que eu vou fazer???

Corrigir testes de uma turma. 
E fazer o teste de outras duas turmas de outro ano. Passar a roupa que se acumulou. Estender roupa. 
Fazer sopa fresca e adiantar o jantar.

Agora gritem todos em coro comigo:

"Tempo para mim? Népias!!!" "

Ter | 19.02.19

As crianças não têm amigos com Asperger

Ana

Nas escolas portuguesas, sensivelmente a meio dos períodos letivos, é comum marcarem-se reuniões intercalares. São reuniões onde se faz um balanço do aproveitamento e comportamento de cada turma, delineando-se estratégias para melhoria dos resultados.

Há uns anos estive presente numa dessas reuniões, onde para além dos docentes estavam ainda presentes dois encarregados de educação (representantes) e dois alunos (a delegada e o subdelegado de turma).

A certa altura, um dos encarregados de educação pediu um pouco de tempo para abordar um tema que o preocupava:

 

"Queria aproveitar o facto de estarem aqui dois alunos desta turma para fazer um apelo. Como sabem, o João (nome fictício) tem Asperger e comporta-se de modo um pouco diferente. Quero que digam ao resto da turma que o João deve ser tratado normalmente, sem o inferiorizarem. Porque ele é um menino especial, mas merece ser tratado da mesma forma".

 

Perante este pedido, o diretor de turma ficou apreensivo e perguntou ao encarregado de educação se, por acaso, já tinha havido alguma situação mais melindrosa envolvendo o "João" e a turma. 

O encarregado de educação respondeu que não. Mas queria apenas alertar, para prevenir.

 

Quando olhei para o rosto dos dois alunos que ali estavam presentes em representação da turma, apercebi-me de alguma perplexidade. Tinham um ar surpreso, como se não estivessem a perceber nada da situação.

Mais tarde, esses mesmos alunos contaram-me o seguinte: nunca se tinham apercebido que o João tinha Asperger (nem sabiam o que isso era). E nunca o tinham tratado de modo diferente.  Tiveram conhecimento da situação do João, naquela reunião, pela boca da encarregada de educação.

 

"Para nós, o João é um rapaz normal" - disse uma das alunas. 

"Tem o seu feitio e é um bocado obcecado por carros, mas há meninos da turma que são vidrados em futebol, por isso..." - disse a outra aluna.

"É tímido, não fala muito... mas é um bom amigo"- isto foi outras das coisas que me disseram.

 

A conclusão que eu tirei desta situação é que, muitas vezes, os rótulos são colocados por nós, adultos. Sem querer, descarregamos a nossa ansiedade e medo (aquela mãe estava efetivamente preocupada e eu se estivesse lugar dela, provavelmente também estaria) e esquecemo-nos que as crianças nem sempre funcionam como nós.

Na maioria das vezes, os miúdos não têm a mínima noção dos problemas que afetam os restantes colegas. Sobretudo no intervalo etário entre os 3 e os 10 anos, estas questões passam um bocado ao lado (hà exceções, claro).

As crianças não dizem que o colega tem dislexia, que aquele miúdo é "especial" ou que é autista. E não... não estão nada interessadas nos resultados académicos dos seus amiguinhos.

Interessam-se mais por aquilo que se passa no intervalo, no recreio. Nesse espaço, fazem apenas alusão ao "feitio diferente" do colega que é mais ou menos "conversador" ou "bate nos outros". 

Basicamente, os miúdos gostam de brincar com outros miúdos. Gostam de ter companhia e não perdem muito tempo a pensar nas derivações à média.

A verdade é que as crianças não têm amigos com Asperger: têm AMIGOS! Ponto.

 

E todos os amigos são especiais.

Ter | 19.02.19

Brincar e conversar... são as atividades extracurriculares do Vasco

Ana

blogger-image--1399051690.jpg

O Vasco tem 3 anos e, para já, ainda não está inscrito em nenhuma atividade fora da escola.

O tempo que passo com ele é tão pouco, que quando tenho oportunidade... muito sinceramente, prefiro leva-lo ao parque, ou a passear.

Acima de tudo, prefiro conversar com ele, saber como estão as coisas na escolinha, deixar o diálogo fluir.

Não é fácil. O Vasco é um menino muito ativo, que está sempre aos saltos e a correr de um lado para o outro. É muito exigente em termos de atenção e quando estou com ele fico verdadeiramente exausta. 

A tentação de o colocar numa atividade qualquer para o entreter (e para me dar algumas horas de descanso) é enorme.

Mas depois penso que daqui a uns anos ele não vai querer saber de mim para nada e por isso é melhor aproveitar. 

Vejo os meus alunos, sempre de rosto enfiado no ecrã de telemóvel nos intervalos da escola e imagino que deve ser difícil para os pais, encontrarem momentos para comunicarem com eles. 

Por isso... para já vou aproveitando o meu tagarela de 3 anos. Que tem sempre muitas opiniões para dar e muitas coisas para dizer. 

E aproveito ainda para o deixar fazer aquilo que ele mais gosta... ser criança! :)

Sab | 16.02.19

Os nomes que damos às coisas...

Ana

IMG_0932.JPG

 

Cá em casa não somos muito de abebezar a linguagem. Não há cá popós, nem piu-pius, nem buba (forma como se diz água em certas regiões do norte).

Mas por outro lado, inventámos palavras e usamos certas expressões para designar objetos e/ou situações do dia-a-dia.

 

Assim, no dicionário do triângulo...

 

"Tau-tau": cobertor que o Vasco usa para domir

"Ferra-cão": mordedor de borracha que o Xavier usa para coçar os dentes.

"Saco do cão": mochila da escola com desenho da patrulha pata.

"Saco das pintas": mochila que o Xavier leva para a escola (tem pintinhas brancas)

"Pepeca": chupeta.

"Papa-carros": mochila em forma de boneco que serve para o Vasco transportar os seus carrinhos.

"Cama gigante" - cama onde o Vasco dorme agora (por oposição à cama de grades onde dormia anteriormente).

"O Gato Tom apareceu de noite" - dizemos isto quando o Vasco fez chichi na cama. Supostamente, a culpa é do gato.

"Cães salsicha" - formato dos cocós no pote.

"Tomar um banho grande" - significa tomar banho na banheira, com água até cima, montes de espuma e com os bonecos todos lá dentro.

"Tomar banho como as pessoas grandes" - banho no poliban, muito rápido para despachar.

Brincar "só um minutinho"- o que o Vasco diz quando quer brincar durante... muitos minutinhos...

"Árvore dos macacos" - a árvore preferida do Vasco, no parque que fica perto de nossa casa. Gosta de subir para cima da árvore, brincar perto dela e é muito territorial em relação ao assunto. Fica ciumento quando chega ao parque e vê outros miúdos ao pé da dita árvore.

"Ir ver os sapos"- ir ao parque da cidade.

"Ir ao café das bolinhas" - ir a um café que vende pintarolas

" Quando o relógio mostrar dois patinhos e duas bolinhas": símbolo das 22:00 horas. Tempo limite para o Vasco se ir deitar.

"Vamos ao pão": Vasco diz isto quando quer ir ao café.

 

E vocês? Também usam expressões e palavras especiais para designar os acontecimentos e os objetos?

Contem-me tudo!! 

Sex | 15.02.19

Só vim aqui para dizer que #9

Ana

... ontem o meu mais que tudo levou-me a um restaurante romântico, kkk.

Estava desejosa de chegar ao restaurante para arejar as ideias e descansar um bocadinho das fraldas, da amamentação, das papas, enfim.. de tudo o que se relaciona com a vida de mãe.

Passámos um bom bocado e foi muito fixe, tirando o meu choque inicial... Sabem como é que se chamava o restaurante?

"Babette!!"

Eu bem quero fugir um pouco do tema maternidade, mas sinto que esse tema me persegue, ah ah!

Pág. 1/3