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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Sex | 28.12.18

10 coisas que acontecem sempre no nosso Natal

Ana

1- Não esperamos pela meia noite para trocar os presentes, porque as crianças estão super ansiosas e nós estamos ainda mais entusiasmados que elas. Por volta das 23:30, o pai natal já está a chegar a nossa casa.

 

2- Ninguém se entende quanto à forma de o pai natal "aparecer". Uns querem que ele bata à porta e fuja; outros, acham melhor ele aparecer na sala e deixar os presentes no tapete ; outros, acham que o melhor é os presentes aparecerem junto ao pinheiro de natal no dia seguinte.

A última meia hora antes da chegada do Pai Natal é passada com os adultos a discutir em surdina sobre o melhor "método". Há sempre alguém que ganha a discussão e depois resolve-se tudo à pressa com o pai natal a vestir as roupas rapidamente e no meio de grande confusão.

 

3- Há duas iguarias que são sempre alvo de avaliação: o perú e o leitão. Nos anos em que se faz perú há sempre alguém que não gosta do tempêro ou do recheio. Nos anos em que se encomenda leitão, há sempre alguém que diz que está mal assado ou que o molho está fraco. Não há como evitar. É sempre assim :) Só o bacalhau é que está sempre ótimo. Valha-nos isso ao menos!

 

4- As crianças deixam um rasto de destruição pela casa. São só 3 miúdos mas parecem 20. A sala rapidamente fica intransitável. Arrumo a sala e eles vão desarrumar o quarto. Arrumo o quarto e eles vão fazer estragos para a cozinha. E vão passando de divisão para divisão sem interrupções. Isto é um hit dos nossos natais, eh eh.

 

5- Os primos pegam-se a cada 5 minutos. Ora estão muito amigos, ora estão aos berros e a bater uns nos outros. Nada a fazer. Faz parte do Natal.

 

6- Passamos dois dias a comer e a beber. Mesmo no intervalo entre almoço e jantar, há sempre alguém a petiscar. No dia 25 à noite a bebida mais pedida é... água das pedras!

 

7- As avós não querem que seja o pai natal a dar as prendas delas. Querem ter protagonismo eh eh. Por isso, dizem que o pai natal pode trazer tudo menos os presentes que elas compraram. 

 

8- Há sempre alguém que se queixa do vinho e sugere outra marca. No ano seguinte, compramos essa marca e... a mesma pessoa volta a queixar-se do vinho e a sugerir outra marca. Ufff!

 

9- Fazemos sempre uma atividade simbólica. Neste ano que passou, estivemos a desenfrascar os sonhos de 2016. Foi um momento giro! (para saberem em que consiste a atividade, cliquem aqui).

 

10- Quando toda a gente vai embora, no final do dia 25, eu e o meu marido deitamos as crianças e ficamos algum tempo na sala a relaxar. Encostamo-nos no sofá a apreciar o silêncio e a recordar os melhores momentos daqueles dois dias. Apagamos as luzes, deixando apenas o pisca-pisca da iluminação do pinheiro e a luz da estrelinha que está em cima do aparador. Abraçamo-nos e sorrimos na penunbra. Porque o Natal também é isto.

 

E quanto a vocês? Quais são as coisas que acontecem sempre no vosso natal?

Qui | 27.12.18

Presentes de Natal: eles nem sempre gostam do que nós gostamos...

Ana

O Vasco pediu várias coisas ao "Pai Natal". Todos os dias surgia com uma ideia nova...

Percebemos, com o tempo, que alguns brinquedos eram mais vezes mencionados do que outros. Entre pais, avós, tios e padrinhos conseguimos adquirir alguns.

Ficou por terra o "carro gigante para eu andar lá dentro" porque ele já tem outros brinquedos do género e achámos que era mais do mesmo (para além do preço ser um estouro, né?)

E também não teve "o faísca que se espeta contra uma parede e entorta" porque só se lembrou disso dois dias antes quando a nossa paciência, tempo e plafond para prendas já se tinham esgotado.

Mas sabem o que eu acho mais engraçado nisto tudo? 

É perceber que os brinquedos que nós, pais, achamos giros, nem sempre colhem o interesse das crianças. E vice-versa!

Ora vejam lá:

- Supermala dos SuperWings e miniaturas: Esta foi a prenda das avós. O Vasco adorou e nós também. Porque o brinquedo é giro, versátil e tem qualidade a nível de materiais. Ou seja, é um brinquedo robusto que não se estraga assim tão facilmente e até eu me divirto a abrir e a fechar os aviõezinhos, kkk.

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- Torre de Controlo dos PJMasks: Foi a nossa prenda para o Vasco. Ele fartou-se de pedir...  Muito honestamente, acho que o brinquedo não vale o dinheiro que se dá. Não é assim tão giro, as peças são pequeninas e quebradiças e é muita chato para montar. E o facto de termos partido logo na noite de Natal uma das peças-chave... não ajudou, eh eh. (Já comprei pistas melhores ao Vasco na loja do chinês) Portanto... nós pais, detestámos. E o Vasco? O Vasco adorou a pista!! Pronto... é o que interessa...

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- Bicicleta da Patrulha Pata: Prenda da madrinha. Pensei muito honestamente que esta iria ser a prenda "Tcharam!! " Eu, pelo menos, iria adorar se me tivessem alguma vez dado um brinquedo destes.

Bicicleta gira, com rodinhas para andar no parque... Estou a lembrar-me dos meus tempos de miúda e do prazer que eu tinha em pedalar por aí fora... Nunca tive uma bicileta nova. Andei na bike do meu mano que era uma Órbita enferrujada e de cor amarela.

Portanto...

Avaliação dos pais: 20 valores.

Avaliação do Vasco: "Não quero andar/não consigo/estou cansado/não sei andar/não quero aprender/quero ir na minha moto jipe.

Não vou ter aqui nenhum ciclista profissional, acho que isso já deu para ver :))

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(em atualização...)

 

Qui | 27.12.18

Vestidos para o Natal 2018

Ana

É tão giro vestir de modo natalício!

Entre os verdes, brancos, vermelhos e dourados tão caraterísticos da época, este ano decidimos adotar o vermelho nas nossas indumentárias.

No dia de consoada, os manos Vasco e Xavier vestiram de igual. Como parte do dia seria passada no exterior, usaram uma camisola muito quentinha que comprei na Zippy:

 

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(Ainda vou ver se ponho aqui a foto do mano Xavier que foi tirada com a câmara do telemóvel e não com a máquina fotográfica)

 

Para o dia de Natal, encontrei este conjunto matchi-matchi para pai e filho na Modalfa e achei que era super fofinho!

 

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Como o Xavier ainda é muito bebé e não havia camisas iguais para o tamanho dele, tentei encontrar algo dentro dos mesmos padrões. Fui ao nosso "Baú das Roupas" e encontrei este conjunto tão lindo que o Vasco usou em 2016 quando tinha 13 meses.

Ora, como o Xavier apesar dos seus 5 meses é um bebé super rechonchudo, o conjunto serviu-lhe perfeitamente (ainda estou incrédula, eh eh)

 

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Só por curiosidade, aqui está o Vasco em 2016 com as mesmas jardineiras (3º e 4º foto desse post)

Abraço!!

Sab | 22.12.18

Quando a última árvore perder as folhas...

Ana

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Crianças com menos de 3 anos têm muita dificuldade em interiorizar o tempo. Para elas, existe apenas o "agora" e essa é uma das razões por que são tão impacientes e com dificuldade em esperar.

 

Então... como falar do tempo nessas idades?

Como transmitir a ideia de sequencialidade e duração do tempo?

 

Com o meu filho Vasco utilizo uma estratégia que tem dado resultado.

Por exemplo, há uns tempos ele perguntou-me quanto tempo faltava para o natal. 

Respondi-lhe que faltava cerca de um mês. Ao ver a cara dele percebi imediatamente que ele não fazia a mínima ideia qual a duração do mês.

- É amanhã? - perguntou-me.

- Não... têm que passar muitos dias. 30 dias...

E logo a seguir lembrei-me que ele ainda nem sequer sabe contar ate 20, portanto, não iria compreender o que eu estava a dizer.

Solução? Ser imaginativo!

Em frente à nossa casa existe uma fila de árvores de folha caduca. À medida que o outono foi avançando, as folhas começaram a cair.

Então... expliquei ao meu filho que o Natal chegaria apenas quando todas as folhas mudassem da cor verde para a cor amarela ou vermelha. E para além disso, as folhas tinham que cair na totalidade.

(e rezei a todos os santinhos para que as árvores não ficassem sem folhas mais cedo do que o previsto eh eh)

Todas as semanas, há uma árvore que vai ficando despida. E eu vou dizendo ao Vasco:

- Olha! Já cairam as folhas da terceira árvore. Estamos mais perto do Natal!

E ele fica todo entusiasmado.

Neste momento, das cinco árvores da nossa rua há apenas uma que ainda retém 3 ou 4 folhitas.

O Vasco comentou comigo que deve faltar mesmo muito pouco tempo para o Natal porque as árvores "agora já estão quase todas nuas, não têm folhas para se vestirem".

Assim, de uma forma simples e até divertida fomos vendo o tempo a passar devagarinho. Observando e registando verbalmente o "progresso das árvores".

O Vasco percebeu através deste pequeno jogo que "um mês ainda são muitos dias".  Com o bónus de ter compreendido melhor as transformações da natureza durante o outono/inverno.

Acho que foi uma forma poética de lhe mostrar o quanto faltava para o Natal.

Gosto de acreditar que no momento em que a última árvore do parque deixar cair a sua última folhinha... o pai natal vai bater à porta e a MAGIA vai continuar.

Feliz Natal!!

 

Nota da autora:

Aos 4 anos, uma criança é capaz de interiorizar que existem diferentes dias da semana, mas a capacidade de identificar esses mesmos dias consolida-se apenas aos 6. 

Aos 5 anos, a criança distingue muito bem manhã, tarde e noite, utilizando corretamente esses conceitos na sua linguagem. Aos 7 anos, indica o mês em que se encontra, e aos 8 anos.. indica o ano.

Só por volta dos 12 anos é que as crianças conseguem avaliar corretamente a duração de uma conversa.

Estes dados refletem a média da população e, como é natural, poderão existir variações individuais. A ideia a reter é que a noção do tempo é um processo evolutivo que ocorre em simultâneo com o desenvolvimento da linguagem e da memória. 

 

Sex | 21.12.18

Prendas difíceis de encontrar

Ana

No ano passado, ele pediu um carro azul...

Andámos como doidos à procura do dito carro, já que por tradição de faíscas mcqueen e afins a maior parte dos carros para miúdos são vermelhos.

Encontrei o carro azul numa loja de carros em miniatura (daqueles colecionáveis que custam um dinheirão) e ficámos todos felizes. Um bocado mais pobres, mas felizes.

Chegou ao dia de Natal e estávamos ansiosos por ver a reação do Vasco ao desembrulhar a famosa prenda.

O Vasco olhou para o carro azul e... não lhe ligou ne-nhu-ma!!

Este ano, palpita-me que a história vai repetir-se.

Vasco quer o quartel general dos Pjmasks (ok, fácil de encontrar) e um carro da polícia que se transforma em pessoa.

Hã? Um carro da polícia que se transforma em pessoa?! Onde é que eu vou encontrar isso?

Por outro lado... será que me apetece andar quilómetros de um lado para o outro para encontrar o dito carro, sabendo que provavelmente ele não lhe vai ligar nenhuma no dia de Natal?

Procurar ou não procurar, eis a questão...

E se eu ficasse mas é aqui em casa quietinha, a curtir a chuva batendo nas vidraças? Protegida do frio, das filas e do trânsito infernal? ;)

Levante o dedo quem apoia esta ideia!

Qui | 20.12.18

Sou o Elfo Doméstico do Natal

Ana

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Sempre gostei do Natal. Adoro o convívio familiar, a ceia, os risos, o barulho, a confusão e... as prendas, claro! 

Mas ultimamente esta época tem perdido algum encanto.

Primeiro, porque já faleceram todos os meus avós e deixámos de fazer a consoada na casa da aldeia. Sinto falta daqueles Natais em que se juntava toda a família à volta da lareira. Eram Natais tão humildes, tão simples, mas que sabiam tão bem.

Segundo, porque tenho dois filhotes. Pelo que ouvi isto faz de mim oficialmente "adulta" portanto deixei de receber tantas prendas. A maioria das prendas vai para as crianças e até acho bem. Nada contra :)

Terceiro, porque para além de não receber prendas desde há uns anos que me transformei no "elfo doméstico do Natal" .

 

Lembram-se do Dobby, o elfo doméstico da saga do Harry Potter?

"Os elfos domésticos passam as vidas servindo uma família ou uma instituição. A não ser que sejam libertados, os seus descendentes vão continuar suas tarefas e a servir a família"

 

Basicamente, eu sou a elfa no que toca a prendas: ninguém está com pachorra para se enfiar nos shoppings cheios de barulho. Por isso, vai de incumbir aqui a moi méme essa tarefa gigantesca de comprar os presentes para todos.

 

Sou eu que compro as prendas para os meus filhos. Sou eu que compro as prendas dos avós para os meus filhos, porque eles têm receio de comprar algo que os miúdos não gostem. Tudo bem.

Mas também sou eu que compro as prendas para sobrinhos e primos... Sou eu que compro as prendas do meu marido para os seus pais. Sou eu que compro a prenda do meu marido e dos meus pais. E da minha mãe que faz anos no dia 23. E a prenda do meu pai para a minha mãe que faz anos no dia 23.

Sou eu que compro a prenda para as educadoras e auxiliares do infantário do meu filho. E a lembrancinha para o médico de família... e....uff!

Portanto... quando chega a hora de abrirem as prendas está toda a gente feliz e entusiasmada. E ouvem-se ahs e ohs de surpresa!

Tirando eu, que estou com um enorme focinho de tédio porque já sei antecipadamente o que cada um vai receber, ah ah.

Para cúmulo, ainda recebo por vezes algumas críticas em relação às prendas que de forma tão bem intencionada comprei em nome dos outros.

"Ah e tal, porque podias ter comprado algo mais assim ou assado"... Help me!

Eu sei que todos têm as suas razões para me encomendarem a compra das prendas. Há pessoas que têm outras tarefas importantes durante o Natal e também têm trabalho.

E até posso sentir-me lisonjeada porque se me incumbem, isso significa que tenho algum jeito, não é? 

Mas sinto-me um bocado escrava das compras e, neste momento, com dois filhos pequenos começa a ser difícil gerir tantas "encomendas". 

Por isso, para o próximo Natal eu desejo paz, amor... e que cada um compre os seus presentes. 

Feliz Natal a todos

Assinado: O Elfo Doméstico das Prendas

Seg | 17.12.18

O último recurso

Ana

Teoria: "Ah e tal, assim que o bebé começar com a comida sólida ele vai dormir muito melhor, vais ver... Porque o problema é do teu leite que é fraco/fluido/grosso/seco/magro/whatever..."

Prática: Miúdo iniciou comida sólida. Miúdo acordou de 20 em 20 minutos entre a meia noite e as 4 da manhã. Miúdo não deixa ninguém dormir.


Estamos super bem dispostos hoje cá em casa, como devem imaginar. A comida sólida era o nosso último recurso no combate às noites sem dormir, era a nossa palmeira no meio do deserto. Mas afinal a palmeira era uma miragem, buáaaa!  

Sab | 15.12.18

Para quê perder tempo?

Ana

- Mamã! Mamã! Conta-me outra vez aquela histórias dos três cães e um gato que foram andar no carrossel!

 

- Está bem, aqui vai então... Era uma vez três cães muito fofinhos que viviam numa aldeia. Um era grande e peludo, o outro era branquinho e o terceiro era...

 

- Não! Não! Conta só a parte em que o carrossel tem uma avaria e os cães saem a voar disparados!! 

 

Para quê perder tempo, não é? :)

Sab | 15.12.18

Os pais e a privação de sono: dados estatísticos

Ana

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De acordo com um estudo britânico, a maioria dos pais dorme, em média, apenas 4 horas e 44 minutos por noite, no primeiro ano de vida dos bebés.

Tomando por base uma noite "normal" de 8 horas de sono, esta redução implica que os pais percam o equivalente a 55 noites bem dormidas nesse ano. 

 

As consequências desta privação de sono são devastadoras. Segundo o estudo:

- 23% dos pais assumem que passaram a ter comportamentos estranhos devido à falta de sono;

- 11% alucinaram com objetos que não existiam na realidade;

- 44% confessaram ser comum esquecerem-se do que estavam a dizer a meio de uma frase;

- 8% revelou ter-se esquecido em algum momento do nome do bebé;

- 64% sente-se orgulhoso por ter conseguido sobreviver ao primeiro ano do bebé;

 

No que toca aos "comportamentos estranhos" resultantes do cansaço e da privação de sono, estes foram alguns dos exemplos dados pelos pais:

 

- "Dei esparguete ao bebé, pensando ser hora de jantar. Mas na realidade era de manhã e era hora do pequeno-almoço".

- "Guardei a chaleira no frigorífico por engano".

- Meti comida de gato no dispensador da máquina de lavar, em vez de meter o pó.

- "Fui para a rua descalço".

 

Também ando com os fusíveis  um bocado adormecidos à conta das noites mais dormidas.

Estive a pensar (e acreditem que nesta fase "pensar" é uma tarefa difícil) e estes são alguns comportamentos estranhos que já tive neste últimos 5 meses:

 

- Guardei o frasco do azeite no frigorífico e depois não sabia dele. Passei 3 dias a cozinhar com óleo e margarina.

- Deixei a chave do carro metida na porta e fui para casa. Só reparei no dia seguinte quando não conseguia encontrar a chave. Desci à garagem e lá estava ela. Digam lá que não sou amiga dos ladrões...

- O marido pegou no bebé ao colo, mas eu continuei a balançar o carrinho com o pé durante meia hora. Na minha cabeça, estava a embalar o miúdo. Na realidade, estava a agitar um carrinho vazio.

- Saí de casa quase sem gasolina com destino ao ikea. Falhei todas as estações de serviço até lá chegar, por distração. Estava a ver que ficava pelo caminho!

- Todos as noites quando abro a porta do microondas vejo lá coisas esquecidas que coloquei durante o dia. É comida, é chá, é leite... enfim, alimentos que pus a aquecer mas depois esqueci de comer.

- Passo na rua e cumprimento pessoas que conheço muito bem, mas não me consigo lembrar do nome delas. É frustrante!!

-  Não consigo seguir as conversas do meu filho mais velho, pois estou constantemente a "desligar". Só ouço fragmentos das histórias que ele conta porque de vez em quando dá-me uns apagões e fico tipo aqueles robots de brincar que paralisam quando as pilhas acabam. 

- Entro numa divisão da casa e fico parada a olhar para o vazio porque já não me recordo o que é que eu fui lá fazer (isto é tãooooo assustador...)

 

Enfim. Sei que é uma fase passageira (olhem a redundância kkk, se é uma fase, tem que ser passageira não é? ) porque já com o primeiro filho foi igual.

Desta vez, sinto-me ainda mais "lenta" porque o cansaço é maior e o Xavi dorme muito pior que o irmão.

A sorte é que vai passar e, em breve, voltarei a ser uma pessoa normal (dentro do género distraído, é certo)

E vocês? Também se sentem cansadas e cansados?

Que comportamentos estranhos já tiveram à conta da privação do sono?

Sex | 14.12.18

Histórias mirabolantes

Ana

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Temos o hábito de contar uma história ao Vasco, antes de ele ir dormir. 

Não são histórias de livros; são totalmente inventadas por nós, com tudo o que de bom e mau isso pode trazer.

A história preferida do Vasco, nas últimas semanas, é aquela em que 3 cães (Jonhy, Micos e Boby) e uma gata (Mia) vão dar um passeio ao centro da cidade e andam no carrossel.

O Jonhy vai em cima de uma girafa, o Micos em cima de um cavalo, o Boby vai naquelas estruturas que estão sempre a girar e a Mia vai num camelo.

Há sempre uma altura em que o carrossel "avaria" e começa a andar depressa demais. Os animais caem em cima uns dos outros e o Boby (que era o que estava na roda) com a velocidade acaba por sair disparado e aterra dentro do comboio do natal. Esta é a parte da história que o Vasco mais gosta.

O Boby chama os outros animais e decidem andar todos no comboio de natal, que a dada altura se despista e parte uma roda.

É nesta etapa que entra o reboque da coleção do faísca mqueen (deve ter um nome, mas não sei qual é) que vai levar o comboio para a oficina.

Como já não há comboio, nem carrossel vão todos andar de patins para a pista de patinagem. Todos, menos o Jonny que tem medo e por isso fica a fazer de cão de guarda.

No fim, recebem um telefonema da galinha Cocoroca que diz que a tia Cila (dona dos cães) está muito preocupada e quer que eles regressem a casa para comer a sopa, porque já é de noite.

Como não têm meio de transporte para ir para a casa e já estão muito cansados, os animais telefonam à corujinha dos PJMasks e pedem para ir no carro voador dela.

Esta é a história mais fixe que eu posso contar ao Vasco, porque inclui todos os heróis da vida dele (animais, carros, PJMasks) em situações cómicas e divertidas.

Já tentámos contar a história dos 3 porquinhos e a história do patinho feio, mas não dá pica porque ele adormece sempre.

Ah era essa a intenção? Adormecer o miúdo?!

Pois. Se calhar era mesmo melhor ideia enveredar pelas fábulas e histórias de encantar...

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