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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Ter | 30.10.18

Um susto de jantar!

Ana

Há dois anos, no Halloween, comprei um fato de diabinho ao Vasco, mas ele era tão pequenino que adormeceu às sete da noite e nunca chegou a vestir o fato. 

No ano passado, repeti a façanha com outro fato de diabinho (será um fetiche pessoal?), mas o miúdo ainda era pequeno e só andou mascarado durante o dia. Na hora de ir perorrer as casas dos vizinhos para pedir doces... ele já estava a dormir.

Sinto que este é O ANO!

O Vasco já é suficientemente crescido para entender isto do Halloween (chego à conclusão que nos anos anteriores eu era a mais entusiasmada da família) por isso vamos festejar a rigor.

Temos máscara para os dois miúdos (este ano vão de esqueletos), temos decoration na casa, temos abóbora gigante que marido prometeu esvaziar para por lanterninha, temos ementa cheia de pesticos do mais creepy qye há.

Agora é só esperar por amanhã e receber bem os convidados. Estou ansiosa!! 

Ter | 30.10.18

Os meninos à volta da fogueira

Ana

A eleição de Bolsonaro como presidente do Brasil acordou em mim a lembrança desta música que tanto ouvia na minha infância.

Com letra de Rui Monteiro, a canção teve vários interpretes, mas é a versão cantada por Paulo de Carvalho que eu mais adoro. 

 

"Com fios feitos de lágrimas passadas
Os meninos de Huambo fazem alegria
Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas
E no céu descobrem estrelas de magia

Com os lábios de dizer nova poesia
Soletram as estrelas como letras
E vão juntando no céu como pedrinhas
Estrelas letras para fazer novas palavras"

Os meninos à volta da fogueira

Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade"

 

A música era sobre África, mas pode aplicar-se a todas as partes do mundo. Pode aplicar-se a todos os homens e a todos lugares onde a liberdade andou perdida e foi reconquistada a pulso. 

Regressando ao Brasil, percebo as razões que levaram 55% das pessoas a votar Bolsonaro. Sei que estão fartos da corrupção e dos escândalos que envolveram nos últimos anos os partidos de esquerda. Sei que estão ansiosos por uma mudança drástica num país que continua a ter umas das maiores taxas de pobreza e de violência do mundo.

Mas não sei, sinceramente, se Bolsonaro poderá dar aos brasileiros o que eles tanto merecem. Sejamos francos: a história ensina-nos que um presidente ligado à xenofobia e discriminação, não augura nada bom.

Neste caso, a ética do "mal menor" não deve ser usada. Bolsonaro não é o menor mal dentro da podridão da política brasileira. Poderá ser até o pior dos males. Só quem é cego não vê.

Custa-me que os brasileiros se entreguem, no auge do desespero, a uma espécie de carrasco que promete mudar tudo, em troca da anulação de direitos fundamentais da humanidade.

 

"Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo"

 

Não sei os meninos deste novo Brasil terão direito a ser donos de estrelas. Temo que um dia acordem para perceber que já não são donos de nada. Que tudo lhes foi tirado. Até mesmo a voz.

No Brasil dos próximos anos haverá certamente "meninos à volta da fogueira": no braseiro onde se queimou a democracia, os que votaram Bolsanaro vão estar abraçados, amparando-se na dor.

O fumo da fogueira vai secar as lágrimas e ninguém vai saber que sofrem.

Com as mãos cheias de cinzas de um Brasil que se perdeu, os "meninos" vão maldizer o dia em que deixaram fugir a liberdade.

 

 

Sab | 27.10.18

A hora mudou e Portugal (quase) não votou

Ana

Amanhã, como é habitual nesta altura do ano, vai mudar a hora. Todos os relógios vão atrasar o que, na prática, significa que as manhãs vão ser mais luminosas e os entardeceres mais sombrios. 

Em agosto, a União Europeia propôs aos seus países membros que considerassem manter o horário de verão.

Em Portugal, esse apelo não fez efeito. Foi feito um inquérito aos portugueses, onde a maioria manifestou vontade de manter o horário de verão, mas o nosso governo, por recomendação do Observatório Astronómico, decidiu continuar a mudar a hora.

Fico triste pelo facto de este inquérito aos portugueses não ter sido mais divulgado. A mim, passou-me "ao lado" e até me considero uma pessoa atenta a estas notícias!

Como eu, muitos foram os que desconheciam completamente esta sondagem. A culpa, quanto a mim, é do governo e dos media que não fizeram suficientemente alarde sobre o assunto. Quando o "Casamento à Primeira Vista" ocupa mais tempo de antena que a mudança de hora... algo vai mal...:)

 

E o que penso eu sobre a mudança da hora?

 

Bem... os investigadores dizem que, " ficar sempre no horário de Verão implicaria um amanhecer tardio, chegando a ser por volta das 9h em alguns meses". E isso seria incorreto porque "as pessoas precisam de luz solar para despertar, para o corpo reagir”. (fonte: jornal Público).

 

Tenho, quanto a este assunto uma posição intermédia.

 

Por um lado, concordo que em termos biológicos o corpo necessita de luz solar para acordar. Como bióloga e curiosa do assunto, sei de várias experiências científicas que demonstram o papel estimulante da luz.

(assim como demonstram como é errado ter luz de presença acesa durante a noite no quarto dos nossos filhos, mas... falarei disso noutro post). 

 

Contudo... não seria também importante que, ao fim da tarde, findo o período de aulas ou de trabalho pudessemos ter alguma luz também?

 

Reparem bem nos nossos parques infantis ao fim da tarde, no outono e inverno... até metem medo!!

Às cinco da tarde já está a anoitecer e às seis já está escuro como bréu. Os locais tornam-se assustadores e pouco seguros.

Vejo os meus alunos a sairem da escola ao fim da tarde e a quererem ficar mais um pouco na rua. Para quê? Para relaxar, para dar à treta, para conviverem um bocado, mas... não podem. Porque já é de noite.

São miúdos com 13 ou 14 anos. Não podem ficar na rua às seis e meia, porque já está escuro como bréu. Não podem ir fazer exercício para o parque, correr ao ar livre porque os pais deles não deixam. Já é de noite. E os pais têm receio pela sua segurança. E com razão.

Tanta coisa que se podia fazer depois das aulas se tivessemos um entardecer mais tardio...

Podíamos ir um pouco ao pé da praia, sentar num banco do jardim a conversar, ir dar um passeio de bicicleta... O nosso dia não precisaria de acabar obrigatoriamente, no fim de uma jornada de trabalho.

Mas todas essas atividades ficam dificultadas pela escuridão dos nossos entardeceres.

No inverno então, torna-se deprimente. É a chuva, é o frio, e a acrescentar a isso tudo, temos a noite escura.

Se biologicamente é mau as crianças acordarem de noite, também há estudos que demonstram que a fraca exposição ao sol poderá provocar carência de vitamina D e consequentes atrasos no crescimento (só para dar uma ideia).

Ora... se as crianças passam todo o dia na escola, quando é que vão para o exterior apanhar luz solar? 

A vossa resposta seria: vão no fim das aulas. 

Pois. Mas com a mudança da hora, ao final das aulas, pelas 17:30 já é de noite.

Por isso, digam-me... quando é que os nossos filhos vão apanhar sol no corpo?

 

Por tudo isto... estou dividida. Como docente que lida diariamente com crianças e jovens (e que também acorda quando ainda é de noite) sei que a mudança da hora tem os seus benefícios. 

Por outro lado, custa-me muito ver o nosso "dia" a terminar às cinco da tarde. Quando ainda havia tanto para fazer. E tanto luz para as nossas crianças apanharem. 

Depois, há a questão das vitaminas... Andamos a dar vitamina D em comprimidos ou xarope às nossas crianças, quando podiámos perfeitamente leva-las a passear ao parque.

Está provado que algumas horas de exposição solar fazem "milagres". De manhã, acaba por ser um bocado indiferente haver luz ou não, porque os nossos meninos estão dentro de uma sala, não podem colher os benefícios diretos dessa luz. À tarde, é que eles podiam aproveitar, no fim das aulas. 

Tudo isto se... mantivessemos o horário de verão.

 

Seg | 22.10.18

Bullying: esse monstro invisível (2ºparte com a minha história)

Ana

No dia em que descobriu que a filha era vítima de bulliyng, a minha mãe estava na varanda do nosso apartamento a estender a roupa. A dada altura olhou para baixo e viu na rua, perto da paragem do autocarro, uma menina a ser pontapeada por um bando de rapazes e raparigas.

Essa menina era eu. E o fenómeno já se vinha repetindo há alguns meses. Sempre no caminho da escola para casa. 

 

A minha mãe desceu rapidamente para a rua e encarou o bando de agressores. Insultou-os (sim, sei que não é bonito, mas dou-lhe vivas por isso), ameaçou-os à moda do norte (com muitos car... e fod...), disse que ia chamar a polícia e que até lhes batia se fosse preciso. 

Foi nesse dia que o meu suplício terminou. Nunca mais fui atacada. Uff...

Considero-me uma pessoa inteligente, sempre fui uma criança espontânea e sempre contei tudo aos meus pais. Contudo, naquela situação... não contei. E como eu, há tantas crianças assim...

 

Se  a minha mãe, por mero acaso, não tivesse ido estender a roupa naquele dia e naquele momento, ela não teria descoberto a situação, e eu não sei o que me teria acontecido.

Que tipo de pessoa eu seria hoje? Teria aguentado? Ainda estaria por cá? Talvez, mas as marcas seriam certamente maiores.

 

Por isso, repito: pais, estejam muito atentos.! As vítimas de bullying raramente contam. Por iso, usem todas as estratégias possíveis para descobrir e acabar esse "monstro invisível". 

 

Algumas estratégias:

 

- Envolvam a criança num clima de segurança emocional e diálogo que lhe permita sentir-se à vontade para contar os seus problemas.

- Dialoguem com os professores, funcionários e com os diretores de turma frequentemente, perguntando por exemplo, se estes têm notado mudanças de comportamento nos vossos filhos.

- Fiquem atentos, porque às vezes os "atrasos" e as "faltas às aulas" não têm nada a ver com desmotivação escolar: são apenas formas que os vossos filhos encontraram para não se cruzarem nos corredores com os agressores.

- Queiram conhecer os amigos e colegas dos vossos filhos. Eles podem saber (normalmente sabem) coisas que vocês não sabem sobre os vossos filhos.

- Convidem os amigos dos vossos filhos para irem a vossa casa lanchar ou jantar. Dessa forma, ficarão a saber com que tipo de pessoas eles se relacionam. E para além disso, conquistam a confiança dos amigos (pode dar jeito quando se pretende sacar informações, eh eh).

- Se o vosso filho vai sozinho para a escola, vigiem de vez em quando o percurso que ele faz, para terem a certeza que não anda a ser abusado durante esse percurso.

- Nos autocarros escolares também há bullying (falarei disso no próximo post). Falem com o motorista habitual e perguntem-lhe se tem visto alguma coisa "estranha". Vão levar, de vez em quando, o voso filho à paragem do autocarro e observem os miúdos que lá estão.

- Desconfiem, quando o vosso filho vos disser que "não quer ir para a escola a pé" ou se atrasa para não apanhar determinado autocarro. Podem ser estratégias (e eu sei do que falo porque eram as minhas estratégias) que ele usa para não se cruzar com os seus agressores. 

 

Por último, tentem conhecer os hábitos e os sentimentos dos vossos filhos. Façam perguntas, muitas perguntas... Mais vale serem considerados "pais chatos" do que terem uma situação de bullying a acontecer e vocês não saberem de nada. 

 

(Desculpem a repetição, mas achei que o post anterior estava muito longo e corria o risco de se tornar cansativo e não ser lido até ao fim. Daí ter dividido em duas partes)

 

Seg | 22.10.18

O Bullying: esse monstro invisível (1º parte)

Ana

No dia 20 de outubro assinalou-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying.

Este é um tema que me toca. Não só porque o já o vivenciei, durante algum tempo na minha infância, mas também porque me deparo com o fenómeno, frequentemente, nas escolas onde vou lecionando.

Por isso... não poderia deixar de registar aqui algumas ideias. Vou escrever alguns posts (curtos) sobre o assunto.

 

Como é sabido, a maior parte das vítimas de bullying sofre em silêncio. Num estudo realizado pelo Instituto Superior Miguel Torga com uma amostra de 145 crianças, mais de metade dos inquiridos confessou que já sofreu bullying, mas... não o denunciou. Isto é assustador!

Por que é que as vítimas não denunciam o abusador?

De uma forma geral, e com base na minha experiência a nível escolar, posso apontar alguns motivos (certamente haverá outros):

o medo de represálias, a falta de confiança na capacidade dos adultos para resolverem o problema, a sensação de impotência, a vergonha de contar, o receio de ser excluído do grupo... entre outras.

Independentemente das causas, este silêncio dificulta (e muito!) a ação daqueles que potencialmente poderiam ajudar.

Falo dos pais, dos amigos dos funcionários, dos professores, dos psicólogos e dos assistentes sociais, por exemplo.

Por isso, e porque o bullying é na maioria dos casos um "monstro invisível" é muito importante estar atento a alguns sinais que poderão indiciar uma situação de abuso (seja este verbal ou físico).

 

São exemplos desses sinais (Fonte: Delas.pt)

  • Decréscimo brusco do rendimento escolar
  • Alterações de humor frequentes: com especial incidência para a tristeza
  • Facilidade em ficar ansioso sempre que se aborda o tema da escola
  • Ataques de impaciência sem uma explicação aparente
  • Irregularidades do sono e do apetite
  • Dificuldade em prestar atenção
  • Isolamento social (evitar estar com os amigos, pouco interesse por eles)
  • Evidência de timidez e insegurança

Nem todos os sinais se manifestam ao mesmo tempo, sendo que alguns podem nem sequer chegar a evidenciar-se. Por isso é que é tão difcícil detetar o bullying...

Um bom aluno, por exemplo, poderá continuar a ter boas notas (ou até subir o seu aproveitamento, já que acaba por estudar mais tempo tentar "esquecer" a sua dura realidade). Foi este o meu caso. Quanto mais isolada me sentia, melhores notas tirava.

Contudo... a tristeza súbita, desânimo face à escola, choro "sem razão aparente", isolamento e insegurança são aspetos praticamente transversais à maioria das vítimas.

 

Bem... disse que o post ia ser curto e afinal foi longo. Sorry! Mas este é um tema de que vale muito a pena escrever (continua...)

 

Qui | 18.10.18

Dás-me um beijinho?

Ana

Numa tarde de outono, no recreio da escola, um menino parou subitamente a olhar para o chão.

- Que se passa? - perguntou a professora.
- Vou pegar nesta folha para oferecer à minha mãe.
- É uma folha linda! - disse a professora – E é amarela como o sol... deve ter caído daquela árvore.
O menino guardou a folha na mochila e aguardou, entusiasmado, que as horas passassem.
Quando a mãe chegou, correu para ela cheio de saudades.
- E o meu beijinho? - disse a mãe.
Sem corresponder, ele foi à mochila onde tinha guardado a folha de outono (o seu tesouro mais precioso) e gritou:
- Mamã, tenho um presente! - e abriu a sua mãozinha papuda - Olha esta folha linda que eu apanhei para ti!
- Ok, e o meu beijinho?- repetiu a mãe, ansiosa. Um menino bem educado dá sempre um beijo à mãe quando ela chega.

O menino deu-lhe um beijinho tímido, e deixou a folha escorregar da mão. A educação era mais importante que a folha.

 

Um dia, na escola primária, um menino fez um desenho para oferecer no Dia do Pai. 
Perdeu horas e horas a pintar, cuidou de todos os detalhes. Colocou o desenho numa caixinha em forma de coração e embrulhou com carinho.
- Está maravilhoso! - disse a sua colega do lado.
- Também acho… - respondeu ele com ar feliz, mas cansado.
Chegado o dia festivo, o menino pegou na sua caixinha e ofereceu-a ao pai.
Que lindo! - disse o pai – mas não me dás primeiro um beijinho?
- Espera, abre a caixa - pediu o menino, aflito – tem uma coisa lá dentro.
- Claro que abro, mas primeiro quero o meu beijinho. Não gostas de mim, afinal?
Gostava. Por isso, beijou o pai. O beijinho era mais importante que o seu trabalho.

 

Um dia, numas férias de verão, um menino foi à praia com os avós e apanhou conchas nos rochedos.
Escolheu as melhores conchas, as maiores e as mais perfeitas. Tão perfeitas como o amor que tinha pelos avós.
Demorou bastante tempo, mas estava confiante. 
Colocou as conchas em cima da toalha dos avós e foi tomar banho ao mar. Quando regressou do mar, contudo, as conchas já não estavam lá.
- As conchas?! - perguntou- . Era uma prenda...
- Desculpa – disseram os avós, com sinceridade – Deitámos fora… pensámos que tinhas posto as conchas em cima da toalha, para esta não voar com o vento. 
- Estou triste.
- Nao estejas. Olha, vem dar um beijinho ao avós. Que ainda não deste nenhum hoje. A tua irmã já deu.

E o menino deu, porque não queria ser diferente de sua irmã.

 

Um menino cresceu e tornou-se homem. Casou e formou uma família. Podia ter sido feliz para sempre, só que um dia…

Um dia chegou a casa e encontrou a casa vazia. A sua esposa tinha partido, deixando ESTE BILHETE:

 

“Sei que gostas de mim, mas nunca me fizeste sentir especial. Nunca me escreveste uma carta, nem um bilhete sequer. E nunca mostras O QUANTO gostas de mim. Vou contigo ao futebol, mas nunca vamos passear no parque. Nunca quiseste socializar com os meus amigos, embora eu seja já amiga dos teus. Ofereces-me joias, mas nunca dás nada que te saia do coração. Podia ser uma flor, uma pedra, ou uma concha, sei lá! Algo que nos lembrasse um momento especial. É dessas coisas que eu preciso, dessas patetices, como tu dizes. Há tanto tempo que fazemos esta “viagem” e sabes tão pouco de mim. Quando vais ao supermercado, nunca te lembras de trazer os meus iogurtes favoritos. Só trazes dos "teus". Já eu, espero pacientemente na fila do talho para te comprar bife do vazio. E tu sabes que eu odeio carne de vaca!! Os teus filhos estão distantes, porque não demonstras interesse nas coisas deles. No outro dia o Bernardo chegou a casa com um “Excelente” e tu não ligaste nenhuma, sempre a pedir ao puto para te dar um beijinho. 
Dás tantos beijinhos e abraços que até chateia. Deves achar que é isso que nos faz falta. Mas não é!
Beijinhos... qualquer homem me poderia dar. Mas eu não sou qualquer uma. Quero MAIS. 
Sei que nos amas, mas não sabes demonstrar. Acho que ninguém te ensinou.
Por isso… ADEUS.
Assinado: A tua Ex”

 

PS- Esta história totalmente é fictícia, e não se baseia na minha realidade.

É uma metáfora daquilo que eu penso em relação à "polémica do beijinho". Acho que já perceberam de que lado estou...

Sintam-se à vontade para concordar ou discordar nos comentários ao post. 

 

Qui | 18.10.18

Sentindo o outono

Ana

Aqui há tempos, a turma do Vasco foi fazer uma desfolhada a uma quinta pedagógica. Ele adorou! Até trouxe uma espiga de milho para casa.

Eu também quis contribuir para a "interiorização do outono".  Quero que ele viva, sinta, cheire e absorva a beleza desta estação.

Por isso, num destes fins-de-semana, fomos passear pela aldeia da avó Licas.

Ficam aqui as fotos...!

 

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Qua | 17.10.18

Eles não sabem, nem sonham...

Ana

... o que é acordar assim... com um miúdo de (quase) 3 anos a berrar-nos mesmo junto à orelha:

 

- VAMOS BRINCAR PÁ SALA!!!

 

Eles, os que não têm miúdos pequenos, nem sobrinhos pequenos. Ou que têm filhos já crescidos e por isso já nem se recordam bem como é que era.

Eles não sabem, nem sonham, o que é estar a dormir profundamente e, de repente, acordar com o coração a mil à hora.

 

Estava eu às 7:30 da manhã a dormir profundamente na minha caminha. Feliz e agradecida a todos os santinhos pelo facto de os dois bebés estarem nas suas caminhas a dormir também.

Mas estava enganada...

O bebé mais velho não estava a dormir.

Acordou, desceu da sua cama, foi ao meu quarto com aqueles pezinhos de lã, aproximou-se da cama, encostou-se à MINHA ORELHA  e BERROU COMO SE NAO HOUVESSE AMANHÃ.

 

Ja passaram 7 horas depois do momento traumático e ainda estou a recuperar do quase-ataque-cardíaco.

"Rais parta" a canalha.... Acertem-me com um martelo se eu quiser ter mais um.

Ter | 16.10.18

Tell me something, Sapo...

Ana

"Tell me something girl...

are you happy this modern world..."

 

É assim que começa a música que ouço mais vezes neste momento. Tipo, 300 000 mil vezes por dia!

"Shallow", cantada por Lady Gaga em parceria com Bradley Cooper (sim, aquele que nos faz prender a respiração e que faz o Mc Dreamy parecer insignificante) é QUAL-QUER-COI-SA-DE-ES-PE-TA-CULAR.

Adoro a música, acho-a linda e com uma letra que me diz bastante (não dirá, a muito de nós?)

Claro que a curiosidade se estendeu ao filme (A Star is Born) que tem esta música na sua banda sonora. 

Já li quase tudo o que há para ler sobre o filme e a sua produção e estou ansiosa por vê-lo! 

Estreou a 11 de outubro... como mãe de dois filhos pequenos sou capaz de o conseguir ver lá para novembro...de 2035...kkkk

Sabiam que a atriz inicialmente escolhida para protagonizar o papel principal era a Beyonce? Sabiam que o Bradley Cooper não foi a escolha inicial, tendo-se pensado em nomes como Tom Cruise para o papel masculino?

Eu sei. Esta e muitas outras coisas... 

Só NÃO SEI como termina o filme porque me poupei propositadamente a isso. Quero suspense até ao fim :)

Por isso, digam-me lá bloggers desta plataforma... tell me something, sapinhos... Quem já viu o filme... o que achou?

Vale mesmo a pena? A Lady Gaga merecerá uma nomeação para os óscares como andam para aí a dizer?

Digam-me tudo, tudo, tudo o que pensam... MENOS O FIM, ok? Não quero spoilers! :))

Deixo aqui link para a música que vos vai fazer sonhar...

 

 

Ter | 16.10.18

A cama do Vasco

Ana

Acho que já aqui falei um pouco do assunto, mas hoje vou desenvolver um pouco mais. Vou falar sobre os motivos que nos levaram à escolha desta cama:

https://www.ikea.com/pt/pt/catalog/products/S39239699/

 

Hoje em dia está na moda comprar camas montessorianas para os miúdos. Nós também achámos piada, mas... cá em casa temos gatos. Gatos fofos mas que estão a ficar velhinhos e largam muito,  muito pêlo.

Infelizmente, não há grande coisa a fazer em relação a isso. Vamos tosquiando os bichinhos e não deixamos irem para o quarto, mas eles continuam a largar pêlo na mesma.

Por muito que a gente aspire a casa (e estamos sempre a fazê-lo) os pêlos voam e dispersam-se. Acabam por ir parar ao chão dos quartos. 

As camas montessorianas são feitas no chão ou então poucos centímetros acima. Se o meu filho tivesse uma cama desse tipo, iria ficar demasiado perto dos pelos do gato. Isto poderia causar alergias e problemas respiratórios, assim como dificuldade em dormir.

 

Portanto, ficou imediatamente definido que uma cama demasiado perto do chão era para esquecer.

Seguiu-se nova decisão: Cama de casal ou individual. Com que largura?

 

Como temos dois rapazes, e queremos mantê-los no mesmo quarto (mas não na mesma cama) "riscámos" da lista a cama de casal. Optámos por duas camas indivduais, de preferência de cor branca e linhas simples, para conjugar com o resto do apartamento. 

Fomos a várias superfícies comerciais e descobrimos que existem dois tipos de cama individual: com 80cm e com 90cm de largura.

No Ikea vimos duas muito giras com 80cm de largura (esta e esta que até faz pan-dan com a nossa cómoda), mas acabámos por eliminar ambas. Porquê?

Primeiro porque é difícil encontrar lençóis de cama para elas. Ok, existem no ikea com essas medidas, mas fora do ikea a maior parte da roupa de cama é de 90cm e eu não queria ficar limitada. Até porque existem conjuntos giríssimos noutros sítios, tipo Zara Home, por exemplo (mas são de 90 cm).

Segundo, porque essas camas são demasiado estreitas quanto a mim. Não consigo imaginar o Vasco com 10 ou 11 anos dentro delas, sem rebolar para o lado e cair.

 

Portanto, optámos por uma cama de largura 90cm. Estes 10cm a mais fazem toda a diferença, acreditem.

A cama que escolhemos é um pouco alta (nada montessoriana, portanto) mas o Vasco já a sobe e desce sozinho na perfeição. Colocámos uma barra lateral para evitar quedas (também comprámos essa barra no Ikea) e umas almofadas no chão, just in case.

 

A grande vantagem deste modelo de cama é que pode ser combinado com um estrado inferior (não quisemos) ou umas gavetas com rodinhas (ver no link qu eu dei acima) Essas gavetas são excelentes para arrumação e cabem impecavelmente debaixo da cama. Nós comprámos 3 gavetas, porque estávamos mesmo com necesidade de arrumos.

 

Outra vantagem é que este modelo de cama é daqueles que (julgo eu) não vai deixar de existir tão cedo. Não acredito que o modelo seja descontinuado.

Portanto, quando o Xavier crescer vamos comprar uma cama igualzinha para ele. Acho que o quarto vai ficar super giro com uma cama branquinha encostada a cada parede. 

Mais uns detalhes giros e... vamos ter um quarto espetacular :)) Brevemente, colocarei fotos.

Abraço!!

 

 

 

 

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