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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Sab | 28.04.18

Nunca quis ser mãe

Ana

Nunca quis ser mãe. Nunca tive esse sonho, essa ambição secreta.

Quando era miúda, ao contrário das minhas amigas que adoravam pegar em bebés, eu reagia com indiferença.

Preferia ficar a brincar com as minhas bonecas. Preferia os bebés de plástico aos bebés de verdade.

Mais tarde, na universidade, por divertimento consultei uma "astróloga" para saber do meu futuro.

Entre outras coisas, juntando todos os dados do meu mapa astral, a senhora chegou a um veredicto:

"Não vais casar"... "Não vais ter filhos"

Confesso que não me importei muito com a previsão.

Rapariga nova e cheia de sonhos, não me via tão cedo como uma "moça casadoura". E quanto aos filhos... honestamente... continuava a não achar graça nenhuma às criancinhas.

Os anos foram passando. Algumas colegas casaram, outras tiveram filhos. E passei a ser convidada para as festas de anos dos miúdos.

Uma vez mais, aceitava ir às festas pela forte amizade que sentia pelas minhas amigas. Porque sabia que a minha presença era importante para elas.

Mas chegava lá, entregava a prenda aos putos e não lhes fazia grande festa. 

Sempre pensei, com convicção, que o "instinto maternal" era uma coisa que não fazia parte de mim.

Por isso, o planeamento do meu primeiro filho, foi uma opção muito mais racional do que propriamente emotiva.

Quis ter um filho porque encontrei o companheiro certo, o momento certo e o contexto ideal.

Senti que não poderia amar mais alguém como amo o meu marido e, por isso, seria ele o parceiro certo para embarcar na "aventura".

Quis ter um filho também por antecipação. Porque tive receio de mais tarde me arrepender de não o ter feito.

Quis ter um filho por medo. Medo de um dia ter 50 anos e pensar: "Quem me dera tanto ter um filho!"

E nesse momento... já ser tarde de mais,

Concebi um filho. Mas nunca sonhei verdadeiramente em ser MÃE. E passei grande parte da vida a acreditar que esse futuro não seria o meu,

Até ao dia do nascimento do meu filho. 

Aí... tudo mudou. 

Apaixonei-me por ele no primeiro minuto, no primeiro segundo!

Dediquei-me a ele de alma e coração. Cuidei dele com todo o fervor. 

Amamentei o máximo que pude. Dei-lhe tudo. DOU tudo. 

Vou buscar energia ao fim do mundo, mesmo quando todo o meu corpo já é cansaço. 

Adoro ser mãe. Adoro que ele seja meu filho.

Não conseguiria viver sem ele. E só de pensar nisso já me arrepio.

Dou-lhe colo, mimos, amor, atenção. 

E não. Não é forçado. Não há aqui qualquer premeditação ou esforço.

Honestamente.... continuo a ser um pouco indiferente aos miúdos dos outros. 

Não me apetece pegar nos outros bebés. Nem me apetece fazer gu-gu-da-da nas bochechas deles.

Mas apetece-me pegar no meu. E ao meu apertava todos os dias as bochechinhas.

Nunca pensei que ter filhos me preenchesse tanto a alma. E só agradeço a Deus, todos os dias, por ter tomado essa decisão.

Para além de que tudo agora faz mais sentido. Muitas coisas que eu não percebia, muitas situações do passado que não consegui entender...

... agora entendo. Entendo muito bem.

Estou sentada a escrever este post, enquanto o meu filho faz um puzzle no tapete da sala. 

Nos momentos simples reside a felicidade maior!!

Não. Nunca quis ter filhos. Tive muitos outros projetos, tive outras ambições às quais me dediquei de corpo e alma.

Mas já não me vejo sem ser mãe.

E por esta realidade "não sonhada", troco todos os outros sonhos que tive.

Por este amor surpreendente... coloco todas as ambições numa prateleira.

Sinto que sou capaz de largar tudo e de abdicar de tudo, menos de ser mãe.

E esta, hein? :))

 

 

 

Qua | 11.04.18

Fumo branco na escolha do nome!

Ana

Depois de vários meses e muita ponderação... venho por este meio informar que o nome escolhido para o nosso novo filhote é....

 

XAVIER!

 

Obrigada a todos os que deram o seu contributo/sugestões para a escolha do nome, neste post!

Acabaram por nos ajudar no "looooooongo" processo de decisão!

Cá em casa, Xavier, foi sempre um nome apreciado, por ser divertido e não muito popular.

Embora tenhamos pensado noutras opções, demos voltas e voltas mas acabámos sempre por voltar a este nome.

 

Espero que o nosso XAVI, seja acima de tudo um menino feliz e satisfeito com a vida!

Abraço :))

Dom | 08.04.18

O ar da natureza

Ana

O Vasco nunca gostou de espaços fechados.

Fica meio maluco quando tem que estar dentro de um restaurante, ou num café com a porta fechada.

Lembro me que no primeiro ano de vida dele nunca consegui passar mais que 3 minutos num café, sem que o choro dele se ouvisse a léguas. 

Lembro me ainda de um dia ter tentado a minha sorte levando o a um shopping (para mim sossegado porque era de manhã e pouca gente havia) e... Acabar por ter de sair do shopping de rabinho entre as pernas, nem meia hora de depois.

Ainda hoje o Vasco stress com espaços fechados e multidões. Se vamos a um jantar se família com barulho, risos e crianças (o normal) e certo é sabido que nesse dia não vai jantar pois não conseguimos que pare.  Se vamos a um café com esplanada, tudo bem, mas se for inverno e a porta estiver fechada, passa o tempo a bater na porta e a dizer: quero sair, quero sair!

Hoje estamos numa quinta de eventos com os amigos e o V. Passou grande parte do tempo à porta a ver a chuva cair, porque não quer estar enfiado na sala. 

É sempre interessante perceber que a grande companhia do meu filhote durante esta tarde, foi... O cesto dos guarda chuvas junto à porta de saída da sala. :) ) 

 

Tenho esperança que as coisas mudem. Afinal, o V.  no primeiro ano não gostava de andar de carro e agora é pacífico.

É os vossos? Também têm ou tiveram este tipo de "pancas" ? 

Como solucionaram o assunto? 

 

 

Sab | 07.04.18

Não percebo isto...

Ana

Ontem estava a falar com uma amiga que tem dois filhos gémeos de 6 anos e ela contou-me que uma das coisas que mais a exasperava no início da maternidade era a "piedade alheia".

Sempre que passeava no parque com os babys acomodados no seu carrinho duplo, acabava por ouvir mais tarde ou mais cedo, afirmações das pessoas que passavam:

- Coitada, sairam-lhe dois na rifa...

- Ui... que trabalho vai ter...

Estas frases, ao invés de a acalmarem, soltavam-lhe a fúria, Isto porque a minha amiga estava super híper mega feliz por ter gémeos e não percebia qual o motivo de lhe estarem sempre a falar do assunto.

- Se dão trabalho? Claro que sim, dizia-me ela ontem - Mas irritava-me muito mais os comentários alheios- complementava.

Ora, como a minha amiga nunca teve "filho único" , nem sequer tinha base de comparação, por isso achava os comentários aborrecidos e desnecessários. 

 

No meu caso, passa-se um pouco mesmo, mas com a célebre história do "casalinho".

Assim que as pessoas souberam que o segundo filho era rapaz, o comentário era sempre o mesmo:

- Deixa lá.... - seguido da irritante "mão amiga" pousada no meu ombro.

Ou da palmadinha nas costas.

 

Deixa lá? DEIXA LÁ??

 

Bolas, um filho é a maior dádiva do mundo, independentemente de ser rapaz ou rapariga. E fiquei tão contente, quando soube que era menino que até dei pulos de alegria.

 

Quando digo às pessoas que o meu desejo era mesmo que fosse outro menino, para fazer companhia ao mano, olham-me com desconfiança e estranheza achando que eu estou a mentir. 

Mas não estou!

Primeiro, porque adoro rapazes.

Segundo, porque sempre quis ter dois do mesmo sexo (já falei nisto, neste post).

Provavelmente, se o primeiro fosse menina, eu desejaria que o segundo também fosse também.

Por uma questão de partilha, afinidade e cumplicidade que as crianças do mesmo sexo têm.

Por isso... quando me vêm com a história do "deixa lá", sobem-me cá uns calores...

Olhem, fico como a Ana Bola, "arrebenta-se cá dentro um balão"... :)

Pior ainda me sinto quando não percebem que estou mesmo contente e soltam a frase célebre:

- Ah... mais ainda vai à menina não vai??

 

Argggggg!!!

 

Respondo sempre, que sim, que poderei tentar um terceiro filho (se este não me puser os cabelos em pé), mas NUNCA, NUNCA o faria para tentar ter uma rapariga. Se tiver um terceiro filho, é porque quero ter 3 filhos. E pronto :)

Sou muito amiga do destino.

O que tiver que ser, será.

Não há nada melhor que ser mãe.

E se fosse mãe de 5 rapazes, ou 5 raparigas, sentir-me-ia sortuda na mesma.

Isto não é conversa fiada. Quem me conhece sabe que sou a pessoa mais transparente, por isso se estivesse triste, facilmente se veria na minha expressão.

Não tenho qualquer desejo particular pelo célebre "casalinho".

Por isso, people... por favor... parem de dizer "deixa lá"! :))

 

 

Sex | 06.04.18

Feliz dia dos filhos!

Ana

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És meigo, espontâneo, tagarela, curioso, elétrico, perspicaz e guloso. Gostas de carros,, de motas, de oficinas e sabes tudo sobre automóveis.

Adoras os bichos, fazes festinhas a todos os cães do parque, colecionas folhas, paus e caracóis.

Gostas de aventuras. És o meu tom sawyer, sempre a saltar muros e fronteiras.

Esgotas- me com tanta energia, mas mesmo quando fazes birras és fofinho (ou não).

És amado por todos e muito em breve terás um mano com quem brincar, rir e partilhar aventuras!

Feliz DIA DIS FILHOS para os meus dois pimpolhos!

Para ti, Vasco, que já conheces o mundo.

E para ti, Xavier, para quem o mundo é ainda a barriga da mamã.

Vocês são o meu mundo.