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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Qui | 26.10.17

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Ana

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Depois de semanas a dizer que não queria ir para a escola, mas sim para casa da vovó, o Vasco mudou subitamente o teor da conversa.

Última conversa no carro, de manhã bem cedo....

- Vasco, vamos para a escola? Está lá o Nuno, a Carlota...

- Nao quero! Quero ir para a casa do elefante!

- Qual casa do elefante??

- Aquela!!! (e aponta com o dedo)

 

Apresento-vos, em baixo, a "Casa do Elefante" de que o Vasco tanto fala....

Estou a criar um monstro do consumo, é o que é! Sai mesmo à mãe :)

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Dom | 15.10.17

O monstro das festas de aniversário

Ana

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Um dos meus piores defeitos é ser distraída. Na maioria dos casos, esta caraterística dá origem a situação engraçadas e que até dão para rir... noutros casos, a minha vontade é enterrar-me bem fundo com vergonha por aquilo que fiz. 

 

Por exemplo... posso dizer que sou o "monstro das festas de aniversário". Sou pior que os miúdos: faço coisas (sem querer, claro) que não lembram ao diabo.

 

A primeira situação foi há cerca de 8 anos, na festa de aniversário de um amigo.

Vou à festa e deparo-me com uma mesa cheia de bolos.

Até aqui nada de anormal... É uma festa de anos.

As horas vão passando e os convidados começam a petiscar da mesa. 

Atacam os rissóis, atacam os bolos... 

Mas há um bolo que, triste e desprezado, não é comido por ninguém.

Ouço a namorada do meu amigo a dizer que foi ela que confecionou alguns dos bolos. 

Fico com pena dela. 

Imagino... como é que eu me sentiria se tivesse feito um bolo com todo o carinho e dedicação e depois ninguém o comesse?

Ainda por cima o bolo em questão tinha um aspeto delicioso.

Pensei. 

Se calhar ninguém come deste bolo porque ainda não foi enxertado. 

Há pessoas que sentem mal em tirar a primeira fatia do bolo.

Decido tirar uma fatia, para as pessoas perceberem que podem comer à vontade.

Não quero que a namorada do meu amigo fique triste por ninguém comer aquele que (para mim) era o melhor bolo da festa.

Tiro a primeira fatia e delicio-me com o sabor. "Excecional", pensei. 

Está tão bom que tiro mais outra.

Pronto, agora toda a gente sabe que pode comer à vontade.

A casa é grande e tem jardim. A maioria das pessoas estão lá fora e não reparam no bolo "desdentado".

É então que a namorada do meu amigo diz: Vamos lá cantar os parabéns ao Miguel!

Toda a gente se encaminha para a mesa dos bolos...

O Miguel posiciona-se ao centro da mesa...

E é então que ouço um grito horrorizado:

- QUEM É QUE ATACOU O BOLO DE ANIVERSÁRIO??

Burburinho... tudo a olhar uns para os outros... até que a Ana (eu) decide confessar...

- Fui eu.... (voz a sumir-se e sensação de ter feito merda. Grande merda....)

- MAS... PORQUÊ? PORQUÊ??

- Porque... o bolo estava ali sozinho... e tu disseste que fizeste os bolos... e eu não achei correto deixarem ali aqui bolo... não quis que ficasses triste ou aborrecida, por teres feito o bolo e ninguém comer!

Risada geral na sala. O Miguel ri... a Marta ri bem alto e eu percebo que, uff, ninguém levou a mal.

- Mas, Ana, não reparaste que era o bolo de anos? - pergunta o Miguel a rir

- Não! Não tem velas, e nem sequer diz "Parabéns"!

A Marta explica que era um bolo caseirinho e que achou que não valia a pena acrescentar esses detalhes. A vela ia ser colocada naquele momento.

- Estás perdoada, Ana. Por teres bom coração! Mas para a próxima vê se não fanicas o bolo de anos!

Claro que esta situação virou "piada eterna". 

E de vez em quando lá surge alguém a fazer anos e a dizer que vai esconder o bolo de aniversário, para evitar que eu o coma antes do tempo...

 

(este post continua, com mais um episódio do "Monstro das Festas de Aniversário)

Sim, porque a minha distração não tem limites!

Sex | 13.10.17

Ou uma coisa ou outra

Ana

Esta semana a caminho da escola...

- Vasco vamos para a escola... queres ir para a escola, não queres?

- Não... (voz ensonada)

- Não queres? Hum... diz-me então para onde queres ir...

- Pa caja da bóbó....

- Para casa da vovó agora não dá, amor. Vamos para a escola?

- Não... 

- Então??

- Bamos ao pão.

 

Resumindo. Não podendo ir para onde mais gosta, então quer ir à pastelaria. O trauma de não ir à vovó acaba por ser descartado, desde que se possa ir ao pão.

É bom ver que o meu bebé ultrapassa bem as frustrações... :)

Sab | 07.10.17

Um equívoco engraçado

Ana

O Vasco tem, no nosso escritório, uma gaveta só para ele. 

É uma gaveta cheia de tralha, a abarrotar com aquelas coisas de que já não precisamos e que vamos acumulando dentro de casa.

A gaveta foi cuidadosamente estudada para não ter lá dentro nada de cortante ou de perigoso, por isso sentimo-nos à vontade quando ele vai para lá mexer. É capaz de ficar bastante tempo entretido com os objetos que vai encontrando na gaveta.

Hoje de manhã estava a arrumar umas coisas no escritório e o Vasco estava brincar com a tralha da gaveta. 

Estava de costas para ele a arrumar uma estante, quando de repente o ouço dizer:

- Estou? Vovó?

Achei estranho porque os telemóveis dos vértices adultos estão na sala. Mas continuo a arrumar a estante.

Ele continua...

- Está lá? Allô!!

Volto-me para ver melhor o que é que ele está a fazer e não consigo evitar um sorriso!

O meu filhote está "falar ao telefone" com um disco externo antigo (inutilizado por estar cheio de vírus) encostado à orelha.

- Estou? Vovó?

De novo o silêncio. Vira-se para mim e diz:

- Num tá... a vovó num tá...

Pensei em explicar-lhe o equívoco, e dizer-lhe que aquilo não era um telefone.

Mas achei a situação tão fofa  que o deixei ficar mais um bocado a falar para o disco externo. 

Acabei por lhe dizer que o "verdadeiro" telefone estava na sala. 

- Xim... ête está estagado.... - respondeu-me com ar desiludido

E lá foi para a sala, com ar pesaroso e ainda pouco convencido de que o disco não era um telefone. 

 

Ter | 03.10.17

Praia em outubro

Ana

Hoje ao fim da tarde peguei no miúdo e fomos à praia. 

Na minha cidade estava um calor de morrer e eu só esperava que na praia estivesse igual.

Não estava tanto calor, mas pelo menos não estava vento. E o sol brilhava bem alto. 

Não estava quase ninguém na praia. Mas até gostei do silêncio, entrecortado pelo barulho das ondas e das gaivotas.

O Vasco adorou, Rebolou na areia, meteu os pés na água, deu de comer às gaivotas.

Foram momentos muitos especiais!

Custou-me um bocado a logística toda de o levar à praia, até porque a praia fica noutra cidade e ainda se demora um pouco a lá chegar.

Para além de apanhar a hora de maior trânsito, o V. é sempre imprevisível quando anda de carro - tanto está calminho, como quer sair da cadeira a todo o custo. 

Estava com receio que não fosse correr bem, mas decidi correr o risco :)

Desde que viemos de férias, ele não fala noutra coisa senão em praia e em piscina. 

E hoje de manhã, quando iamos a pé, a caminho da creche, deitou-se em cima de um bocado de terra a gritar "Praia, praia!"

Nem tive tempo de evitar o rebolanço em cima da terra. Mal ele viu o monte de grãos soltos assapou logo em cima deles.

Essa foi a gota de água (ou de terra, tanto faz). Decidi que tinha que o levar urgentemente ao destino dos seus sonhos.

O meu filho adora praia. E eu adoro fazê-lo feliz!

Por isso, sempre que eu puder... Praia, praia!!