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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Dom | 24.09.17

Um aparelho espetacular!

Ana

Não sendo este um blogue de culinária, posso apesar de tudo mandar uns "bitaites" de vez em quando. E esta dica, minhas amigas, vale ouro! :)

 

Não vou falar de receitas, que aqui a madame apesar de não deixar ninguém a morrer de fome, também não é propriamente uma diva do fogão. 

 

Vou falar-vos de um aparelho que comprei há uns meses (e só ontem é que experimentei, ah ah) e que A-DO-REI.

 

Estou a falar de quê? De um cortador de batatas em palitos! 

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Cá em casa é muito raro comer-se batatas fritas. Primeiro porque são gordurosas e pouco amigas da saúde;  segundo... porque demoro um tempo infinito a corta-las.

Sim, porque não gosto de as cortar grosseiramente. Sou picuinhas e gosto das batatinhas todas do mesmo tamanho.

 

Já comprei vários aparelhos de cozinha que acabaram por se revelar inúteis - primeiro foi o picador de salsa que não funcionou, depois foi a máquina de cortar legumes de forma artística que eu nem sabia como utilizar... Por isso, foi com uma certa desconfiança que comprei este aparelho (que até nem é muito barato, acho que me ficou à volta de 13 euros).

 

Mas... adoro bacalhau à brás... adoro bacalhau com natas... adoro carne de porco à alentejana com as batatinhas fritas... e estava a adiar fazer todos esses pratos pelo meu asco ao tempo que demoro a cortar batatas. 

 

Com este aparelho... foi num instante. Foi tão simples e rápido que certamente passarei a fazer mais batatas em casa (não sendo isso uma informação propriamente agradável para a minha saúde...).

 

Não estou a fazer publicidade a nenhuma marca, até porque não sei a marca do meu descascador, e já nem me lembro em que superfície comercial o adquiri. 

Só sei que ele muito parecido (praticamente igual) ao da imagem que está acima. 

É também muito fácil de lavar. 

 

E pronto! Aqui fica a minha dica culinária! 

Bom resto de domingo pessoal! :))

 

Sex | 22.09.17

Que atividades escolher no infantário?

Ana

Todas. 

Esta foi a nossa decisão relativamente às atividades (AEC) propostas pelo infantário do Vasco para a idade dele (2 anos).

As atividades disponíveis na escola, para a sala dele, são a Ginástica, o Yoga e a Música.

Em casa, depois de dialogar com o vértice adulto, chegámos à conclusão que todas as atividades são interessantes e devíamos dar oportunidade ao Vasco de participar nas três.

A educadora informou que cada uma das atividades terá lugar num dia da semana, logo de manhã. Assim, em três dias da semana, o Vasco vai fazer uma atividade destas. Parece-me bem.

O preço das atividades ronda os 5 euros/atividade. Não nos pareceu muito, e achamos sinceramente que vale a pena o esforço financeiro.

Já assisti a algumas destas aulas e são, sobretudo, lúdicas. Há muito carinho, muitos sorrisos e muita diversão. E é precisamente por isto que queremos que o Vasco vá a todas elas!

Não é tanto por aquilo que vai aprender, mas acima de tudo, por ser um momento diferente na dinâmica do infantário. 

Claro que queremos que ele desenvolva algumas competências... E gostávamos muito de chegar ao fim do ano, sentindo que ele aprendeu "alguma coisa", em cada uma destas atividades.

Mas não somos muito radicais nisso.

Queremos é que ele vá contactando com as várias áreas, que vá desenvolvendo o gosto por certos assuntos e, acima de tudo... que se divirta. 

 

 

Qui | 14.09.17

Continua a custar

Ana

Dizem que no 2º ano de creche já não nos preocupamos tanto em "deixa-los ir".

Que já não ficamos com a lágrima no canto do olho quando os levámos para a sua salinha de aulas.

Que já ganhámos frieza e estofo para nos despedirmos rapidamente e com um simples "até já". 

Então...  porque é que continuo a sentir um nó nos pescoço quando deixo o meu filhote na escola? Porque continuo a sentir-me a pior mãe do mundo quando viro costas e ainda o ouço a gritar "Mamã, mamã...".

É preciso ir para o emprego. É preciso ir trabalhar. Ganhar dinheiro... Fazer-me à vida. 

E é verdade que me sinto mais confortável em relação à segurança dele, porque já sei que está (e sempre esteve) em boas mãos naquela escola. 

Sei que ele está bem, e que passado alguns minutos fica feliz e entretido. Sei que lhe dão muito amor e carinho. Mas isso não evita esta dor que eu sinto quando vejo aquela carinha a fazer beicinho e a dizer que não quer ir. 

Mais alguém no mesmo barco? :))

Qua | 13.09.17

Tenho a sensação que devia guardar este episódio para mim...

Ana

... porque este é um blogue de família que pretende atingir um certo estatuto de respeitabilidade (cof, cof).

Mas este é também um lugar onde partilhamos o nosso dia-a-dia, onde levantamos um pouco o véu da nossa intimidade. Por isso, não resisto a contar um momento castiço das férias do verão lá nos Algarves.

 

Ora aqui vai...

 

Toda a gente sabe que um dos maiores desejos de uma mãe é conseguir encontrar um pequeno momento de relax, longe das fraldas e dos biberões, dos choros e das birras.

Nem que seja meia horinha, 15 minutos de descanso. Esses 15 minutos podem fazer milagres pela nossa boa disposição, não é? 

Quem me der a possibilidade de desfrutar desse pequeno éden... ganha o céu da minha gratidão! :)

Pois lá estávamos nós, a passar uma semaninha em Albufeira  (volta agosto, que estás perdoado!), a revesar-nos para dar o máximo de divertimento ao nosso Vasquito, mas... sem conseguirmos descansar verdadeiramente. 

Era mudar fraldas, era dar o pequeno-almoço, era ver se ele não caía no chão escorregadio, era ver se não engolia água na piscina...

 

Até que um belo dia, tudo se conjugou para me proporcionar o meu momento de lazer. 

 

O Vasco a dormir a sesta no quarto. O marido a dizer que não se importava de ficar no quarto com ele, porque queria ler o jornal. 

 

E eu pensei:

É agora!!!

Vou pastelar para as espreguiçadeiras da piscina durante 2 horinhas, enquanto estes dois ficam no quarto!

 

Meu dito, meu feito. 

 

Pego no saco com as toalhas, calço uns chinelos à pressa (o quarto estava escuro por isso mais tarde percebo que levei os chinelos do marido), e desço o elevador em direção às piscinas. 

 

Deslizo confiante pelo corredor de acesso ao exterior. 

Sou uma mulher sorridente ao passar pela primeira zona de piscinas. 

Sou uma mulher triunfal a chegar ao bar e a pedir um granizado de menta. 

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O acesso à zona das piscinas

 

Levo o granizado comigo para a zona mais afastada do hotel (que naquele momento era que estava mais solarenta) e escolho um espreguiçadeira. 

Demoro o meu tempo a ajustar a inclinação da espreguiçadeira, para atingir o máximo de conforto. 

Toda eu irradio felicidade!

Só não abro os braços em direção ao sol em jeito de oração, para não me acharem maluca. 

 

Está quase...

Vou tirar a roupa e deitar-me como um turista normal a desfrutar do seu hotel.

Começo a levantar o vestido com um jeito sensual e...

Kesta cena?? WTF!!

 

Lei de Murphy. ...

Esqueci-me de trazer o bikini. 

Estou de cuecas e soutian por baixo do vestido.

Estão 33 graus e não posso sequer tirar a roupa. 

 

Espreito melhor a ver se a lingerie é daquelas que dá para disfarçar. 

Não dá. 

São as minhas cuecas bridget jones cor de salmão que uso para as "transparências" (porque à hora do almoço tinha ido para o restaurante com um vestido todo giro) e o soutian a condizer. 

As cuecas vão-me até às costas. O soutian é tão sensual como uma boca desdentada e cheia de cáries

 

Gradualmente, o ar triunfante dá lugar à raiva. 

Voltar ao quarto? Ir buscar o bikini?!

E se o Vasco acordar com o barulho da porta a abrir? 

Fazer aquela distância toda leva-me pelo menos 15 minutos. 

Decido ficar. 

 

Deito-me na espreguiçadeira e sou a mulher mais triste do mundo. 

À minha frente um miúdo salta para a piscina e comenta com a mãe "Aqui é que se está bem!". 

Apetece-me esfolar o puto.

 

Resisti durante  50 minutos. A suar em bica, mas teimosa sem arredar pé daquela espreguiçadeira. 

Como que a dizer:

Vês Universo? Tu estás a conspirar contra mim, mas eu sou mais forte e daqui não saio! 

 

Quando o Zé e o Vasco chegaram ao pé de mim (frescos e alegres depois de um descanso merecido) encontraram uma cara torta e uma expressão de amuanço. 

Então? Gostaste do momento zen? - pergunta-me o vértice adulto. 

Foi excelente... - respondi - nunca mais o irei esquecer...

É escusado dizer que a partir dali os bikinis nunca mais sairam deste corpinho. Ficaram tipo segunda pele. 

Até ao fim das férias. 

Ter | 12.09.17

Os pais deixam de vir à escola no Dia do Pai/Mãe

Ana

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A educadora do Vasco avisou que a partir deste ano, o infantário vai deixar de festejar o Dia do Pai/Mãe nos moldes tradicionais. 

Até agora, a data era assinalada com a elaboração de prendinhas, pelos miúdos, e com a vinda dos pais à escola para tirar fotografias e participar em algumas atividades. 

Contudo, se o momento era vivido com extrema felicidade por algumas crianças, para outras acabava por ser uma data marcante mas no sentido negativo.

É que nessa data, nem todos os pais podiam vir à escola...

Os miúdos ficavam tristes por ver que o pai dos seus amigos tinha vindo e os seu não aparecia (quem diz pai, diz mãe)

Esta era sempre uma data de emoções fortes. Mas não eram só risos. Também havia muitas lágrimas à mistura, por parte daqueles que não recebiam a visita do progenitor.

A educadora frisou que cada vez mais as famílias se têm vindo a afastar dos padrões tradicionais.

Há famílias monoparentais, começa a haver famílias com pais do mesmo sexo (homossexuais), e há casais que estão juntos mas em que um dos elementos emigrou, não podendo estar presente na festinha do filho. 

Claro que há famílias (e muito bem) que compensam a ausência do pai/ mãe naquele dia, levando o avô, o padrinho ou a tia à escola. Mas isso, apesar de atenuar um pouco o problema, não o resolve totalmente. 

Assim, a partir deste ano, o infantário do Vasco decidiu acabar com a vinda do pais no Dia do Pai/Mãe. Em lugar disso (e achei a ideia excelente!), a escola decidiu instaurar um "Dia da Família", aberto à comunidade escolar. 

Será uma festa, um momento de convívio entre educadores, auxiliares, crianças e seus familiares. Estão convidados os pais, mães, tios, primos, avós. Cada um traz consigo quem quiser!

Acaba-se assim com o drama do Dia do Pai/Mãe, mas mesmo assim a escola continua aberta à comunidade, envolvendo os familiares dos meninos. 

Eu gostei da ideia. E vocês, o que pensam disto?

 

Seg | 11.09.17

Recomeços

Ana

Setembro é o mês do regresso à escola. Regressa a mãe, que é professora e regressa o bebé, ao infantário. Cabe ao pai a tarefa de gerir um pouco a ansiedade dos outros dois, já que este é um mês de muitas (demasiadas) novidades que nem sempre são digeridas da melhor maneira. 

Do regresso da mãe, posso dizer que foi um pouco mais atribulado que o costume. Em vez de ficar colocada na primeira "ronda" de resultados, desta vez só fiquei colocada na segunda fornada. 

A semana que mediou a saída das duas listas foi de alguma ansiedade (e medo, pois os colegas que entretanto já tinham sido colocados ficaram a centenas de quilómetros de casa), mas no meu caso acabou por não correr muito mal. Fiquei perto de casa, e numa das minhas primeiras opções. 

Entre o saber o meu horário, escrever para as editoras a pedir os livros adotados na escola, começar a fazer as planificações, reunir com os colegas de departamento... os últimos dias passaram a voar. 

Quarta-feira é o dia de conhecer os meus novos alunos. Esta é a parte que mais gosto: dar aulas. Toda a "palha" associada ao ensino era para mim dispensável. Grelhas, papelada, burocracia, cargos que nada têm a ver com a prátca letiva, bah.. Dispensava isso tudo. O que me dá pica é mesmo (e só) o momento da sala de aula. 

O regresso às aulas do bebé aconteceu no dia 6 de setembro. Podía tê-lo levado logo no dia 1, mas preferi ficar com ele no miminho mais alguns dias, 

Este ano houve uma grande mudança. O Vasco passou da sala de 1 ano, para a sala dos 2 anos. 

Mudou de espaço, de educador e de auxiliares. Apenas uma das auxiliares se manteve, de modo a garantir uma certa continuidade. 

Para já, a experiência está a correr muito bem. O Vasco adaptou-se muito bem à nova sala, que é maior e tem muito mais brinquedos e também me parece que gosta bastante da educadora/auxiliares. 

Não tem chorado quando o deixo ficar na escola e só isso já me traz algum descanso. 

A turma dele mantem-se mais ou menos a mesma e é engraçado ver que ele já chama os coleguinhas pelo nome. 

Este ano vai deixar de comer nas cadeirinhas e passar a comer numa mesa com cadeiras. Estou um bocado apreensiva porque sei que o Vasco não é propriamente o menino mais sossegado a comer. 

Já estou a imaginar pratos pelo ar e a comida toda no chão... Vamos ver como corre. 

Na reunião de pais recebi algumas informações interessantes. Uma delas é que este ano, a turma do Vasco já vai participar na FESTA DE FIM DE ANO. Cooool! Estou morta por ver como é que o meu bebé se vai sair!

A outra novidade é que a sala dos 2 anos já tem um manual/livro escolar associado.

Já vi o livro. É da Porto Editora e é super apelativo. Tem atividades muito giras para eles fazerem :)

Outra informação que me pareceu importante, é que este ano o colégio decidiu não festejar o Dia do Pai/Dia da Mãe nos moldes convencionais. 

Eu concordo com isso, e até vou falar disso no próximo post. Fiquem a aguardar! :)

Qua | 06.09.17

Dar valor ao que é nosso

Ana

No último dia das nossas férias no Algarve, estivemos na praia a conversar com uma família Irlandesa. Eles eram três, tal como nós. A esposa, o marido e um bebé de 23 meses, muito parecido com o nosso. Um triângulo, portanto.

 

Conversa puxa conversa (tudo começou porque os nossos filhos começaram a usar os brinquedos um do outro), fomos sabendo um pouco mais sobre essa família. 

 

Que vinham do norte da Irlanda. Que era a sua primeira vez no Algarve. Que achavam a praia (da Falésia) lindíssima.

 

E que estavam a suar como animais selvagens porque nunca tinham apanhado tanto calor na vida!

 

Mas a frase que mais me marcou foi esta. " We came for the sunshine". Nós viemos pelo pôr-do-sol. 

 

Achei maravilhoso que alguém se deslocasse de propósito ao nosso país para desfrutar desse momento.

Já sabia que os estrangeiros do norte da europa adoram o nosso clima, o nosso sol, a nossa comida... mas não tinha a noção de que o pôr do sol fosse assim tão importante para eles. 

 

Todos os fins de tarde, segundo ficámos a saber, aquela família se deslocava à praia para ver o pôr-do-sol.

E isso tem ainda mais valor porque a praia onde ficámos era de difícil acesso (300 mil escadinhas de madeira para descer, ninguém merece...)

 

Já a caminho do hotel, comentei com o Z., como nós portugueses negligenciamos tanto as maravilhas do nosso país. Estamos sempre a pensar em ir para o estrangeiro, em conhecer sítios novos e não damos o devido valor ao que temos.

 

A nossa família, por exemplo, passou as férias a desbundar na piscina, e a beber granizados de menta na espreguiçadeira. Mas piscinas há em qualquer lado, não é?

 

Fiquei tão marcada pela conversa com os irlandeses que logo disse ao meu marido. "Temos que ir ver também um pôr-do-sol. Se os tipos vêm para cá por causa disso, nós não podemos ir para o norte sem ver esse espetáculo".

 

"Mas onde queres que te arranje agora um pôr-do-sol?" - perguntou-me o Z. a rir. "Não te esqueças que temos que sair do hotel até ao meio dia. Não vou ficar agora 8 horas na praia a secar à espera de um pôr-do-sol..."

 

Até que se lembrou. 

 

- Já sei. Vou arranjar-te um pôr-do-sol de cortar a respiração. 

 

E não é que arranjou mesmo?

 

Castelo de Silves. Oito horas no relógio da igreja. E um dos melhores entardeceres das nossas vidas.

 

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Ter | 05.09.17

Férias 2016 e férias 2017 - a comparação

Ana

Em 2016 fomos para Porto Santo. Este ano, preferimos o Algarve. Mas as diferenças não se ficam pelo local. 

Acima de tudo, sentimos mudanças no grau de descontração, no nível de cansaço, no grau de divertimento e no próprio estado de espírito.

 

1- O grau de descontração.

 

No ano anterior o nosso bebé tinha 9 meses. Para além de ser muito novinho, era ainda um estreante nestas coisas de praia, de piscina, de hoteis e mar. 

Não vou negar que estava super ansiosa e stressada, tentando antecipar as reações dele e prevenir-me contra quaisquer problemas. 

Como já disse noutro post, comecei a prepar as férias de 2016 com montes de antecedência. Tudo tinha que bater certo. Organizei as roupas do Vasco por "combinações", meti tudo em saquinhos. Contei e recontei o número de fraldas. Levei 2 biberóns, leite em pó, inúmeras fraldas de pano (que nunca serviram para nada), babetes sem fim... Levei uma malinha só com medicamentos, levei o termómetro, levei algodão, levei pensos para feridas... levei... ufff... confesso que levei quase a casa toda. 

 

Desta vez, optei por ser mais prática. Roupas organizadas em conjuntinhos? Nop! É enfiar tudo para dentro da mala e já está. Contar o número de fraldas? Esquece! É levar um saco de fraldas e depois ver se é preciso mais ou não. Ir carregada com dois biberons? Mas para quê? Levei um e depois de cada utilização lavava com água a ferver. Fraldas de pano? Nem fizeram parte da lista. Malinha com medicamentos? Para quê? Para apanharem calor no carro a caminho do Algarve e se estragarem? Não. Levei benuron, fenistil, arnica (usámos tanto...) e já está. 

Levar o carrinho XPTO grande e confortável para o Vasco dormir nos passeios? No Way. Foi o Carrinho de Passeio, levesinho e que ocupava pouco espaço. E para o ano, se Deus quiser o carrinho fica em casa.

 

Resumindo. Fomos muito, mas muito mais práticos. Ainda assim, e como o Vasco ainda usa fraldas, confesso que a logística ainda foi um pouco complicada. Acredito que para o ano, o carro ainda irá mais leve para o Algarve.

 

2- O nível de cansaço

 

Toda a gente sabe que fazer férias com bebés é uma grande estafa. Se têm poucos meses é porque têm cólicas e choram; se já gatinham, é porque não param quietos; se já andam é porque temos que andar atrás deles... Portanto, quem é mãe/pai também sabe que a palavra "férias", quando se trata de férias com miúdos é quase uma piada.

 

Contudo...

 

No nosso caso podemos dizer que descansámos muito mais este ano. Com 9 meses o Vasco era um bebé extremamente complicado. Já gatinhava para todo o lado, já andava a pé agarrado aos móveis e não. Não parava quieto no mesmo sítio um segundo. 

Para além disso, se estávamos na zona da piscina queria comer a relva. Se estávamos na zona da praia, queria comer a areia toda. 

Nós suámos em bica no verão de 2016 e não foi (só) por causa do calor. 

Tínhamos que andar sempre atrás do miúdo. Tínhamos que fazer turnos para tudo, desde dar um mergulho no mar, até mesmo para ir ao WC.

Toda a gente nos dizia que quando o Vasco começasse a andar ia ser pior, mas no nosso caso isso não aconteceu.

Este ano, e apesar de continuar irrequieto, o Vasco já não tinha vontade de comer relva, nem areia. Isso permitia que o deixássemos sentado no chão, sem andarmos sempre preocupados com o que ele estava a fazer/comer.

Depois... a piscina para crianças do nosso hotel (Riu Guaraná- falarei dele brevemente no outro blogue) era super adequada à idade do Vasco. Tinha apenas 40 cm de altura, contra os 60/70 usuais. O nosso filhote andava dentro da piscina todo contente, com apenas as pernas submersas. Passava lá horas! 

Os pais dos miúdos (e nós) sentavam-se na borda piscina a conversar e a apanhar sol, enquanto as crianças se divertiam. A piscina é tão pequena e segura que cada miúdo estava apenas ao alcançe de um braço estendido.

 

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Foi sentadinha nessa piscina redonda que estão a ver acima, que eu apanhei os meus maiores banhos de sol. E soube mesmo bem!

 

3- O grau de divertimento

 

Uma vez mais, o grau de divertimento é bastante relativo quando se vai para férias com um bebé pequeno. 

Com 22 meses, continuamos a ter que nos sujeitar às rotinas, necessidades e gostos do nosso miúdo. E isso é bastante limitante. 

Não podemos ir para a piscina quando queremos, mas quando o bebé permite (fazíamos turnos), almoçávamos sempre cedo, jantávamos cedo, deitávamos cedo... 

Não obstante, fazer férias com um bebé de 22 meses foi mais divertido do que quando ele tinha 9 meses, porque:

 

- nas férias de Porto Santo, o Vasco teve uma gastroenterite e não comia nada. Desta vez estava saudável e comeu melhor, deixando-nos automaticamente mais descansados. Já era menos um stress a complicar as férias.

 

- nas férias de Porto Santo, tínhamos um mar maravilhoso à nossa frente, mas... poucas vezes conseguimos ir à água. Volto a repetir... o miúdo gatinhava com uma velocidade supersónica e não parava quieto um segundo (eram precisos dois para o segurar, acreditem!)

 

por outro lado... no ano de 2016 fizemos a viagem na companhia de amigos. Nesse aspeto, as férias de Porto Santo foram mais engraçadas que as do Algarve, pois tínhamos sempre com quem conversar, rir e partilhar as nossas peripécias. 

 

4- O estado de espírito

 

O estado de espírito este ano foi, como já disse, de maior descontração. Se no ano passado nos tínhamos divertido, apesar da gastroenterite do Vasco e do stress de andar sempre atrás dele, então este ano tínhamos a certeza que ainda ia correr melhor.

A nossa única preocupação era saber como é que o Vasco se iria aguentar na longa viagem para o Algarve. Para nos precavermos, e uma vez que somos do norte do país, resolvemos fazer a viagem por etapas. À ida para o Algarve fizemos uma escala em Lisboa. Dormimos lá uma noite e no dia seguinte, continuámos a viagem. 

No regresso, pernoitámos em Santarém, que também fica mais ou menos a meio do caminho. 

Acho que foi uma ótima opção. A viagem ficou menos cansativa, conhecemos sítios novos (eu nunca tinha ido às Portas do Sol) e o Vasco ainda teve um bónus: foi conhecer a tia Tatá (a tia mais carismática da nossa família) e ainda teve tempo para visitar o Jardim Zoológico de Lisboa.

 

Resumindo.... Foram umas férias pacatas, em familia, com boas doses de divertimento, descanso e degustação.

São estes momentos a três que fortalecem os laços afetivos e que nos fazem querer continuar a nossa viagem juntos.São estes momentos que fortalecem triângulo. 

 

Agora, entramos em setembro. O Vasco irá novamente para o infantário e nós regressamos ao trabalho.

E o blogue, que esteve parado durante os últimos dias, começará também novamente a "bombar". :))