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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Seg | 31.07.17

Se não der para mais nada, dá para empregado de mesa

Ana

Ontem estive com o Vasco a brincar aos restaurantes. É o que faço quando vejo que está com pouco apetite. Recuso-me a deixa-lo ir para a escola sem pequeno-almoço.

 

Vamos buscar o urso azul, a ovelha choné, uma boneca... colocamos babetes em todos eles (Vasco incluído) e começamos a distribuir pão e frutinha. 

 

É uma estratégia infalível. Entretido com a brincadeira, o V. vai comendo. E eu vou ficando mais descansada.

Come a porção dele (que está nos pratinhos de brincar), depois vai correndo os pratos das bonecas até morfar tudo, eh eh.

 

Hoje à noite enquanto preparava o jantar comecei a estranhar o silêncio na sala. Toda a gente sabe que o silêncio quando se tem crianças não augura nada de bom, por isso fui espreitar.

 

Deparei-me com um espetáculo amoroso! O meu bebé, de apenas 20 meses, tinha posto a mesa (uma mesa pequenina que temos) para o seus amiguinhos!

 

O urso já lá estava, sentadinho, com uma babete toda torta. Os pratinhos e frigideiras de plástico todos em cima da mesa. O pão de plástico em cima de um deles. 

 

O Vasco estava em pé, com um ovo de plástico na mão. Comprimia o ovo contra a boca do urso e dizia com ar autoritário:

- Papa! Papa urso! 

 

Adorei!! 

Temos empregado de mesa cá em casa. Ou protótipo de mãe. Um quadro lindo de se ver... :)

Seg | 31.07.17

É nisto que dá andar a ler coisas sobre a autonomia

Ana

A internet é muito fértil em informações e teorias sobre como educar as crianças. Mas também devia dar algumas dicas para a gente as colocar em prática.

 

No outro dia li que se deve dar o máximo de autonomia aos miúdos - deixa-los escolher a roupa deles, bla, blá... Não estar sempre a "limitar-lhes os movimentos" e "fazer finca pé apenas nas coisas que realmente interessam".

 

Vou tentando colocar isso em prática. Hoje não me saí lá muito bem:

 

- Vasco, vamos escolher os sapatos que vais levar para a escola?

(sorriso de satisfação a desenhar-se na cara dele)

 

Seguimos para o armário dos sapatos.

 

- Queres levar estas sapatilhas?

- Não!

- Estas sandálias?

- Não! Não!!

- E estas? - disse, apontando para umas sapatilhas pretas que ele adora.

 

- Não! Não! (beicinho e quase a chorar)

 

Resolvi colocar a caixa dos sapatos à frente dele.

 

- Pronto. Escolhe tu...

 

- Não... não... não (ía vendo e atirando os sapatos com desprezo para o chão) . 

 

Até que...

 

- Êtes! Êtes, mamã!!

 

Olhei e não gostei do que vi. Eram umas sapatilhas novas, ainda por estrear... dois números acima do que ele calça.

 

- Vasco, essas não... São feias... - tentei.

- Quero, quero!- choro e birra.

 

Pensei um segundo.

Bem... afinal de contas tinha sido eu a dizer-lhe para escolher o sapatos, não é? Não tinha muita lógica agora voltar atrás. 

 

- Pronto, não chores. Levas essas então... 

 

E pronto. O meu bebé foi para o infantário com uns pés de pato. (pelo sim, pelo não, meti na mochila uns sapatos normais)

 

A próxima vez que quiser "potenciar a autonomia dele", vou pensar duas vezes...

Vou dar-lhe uma vassourinha e dar-lhe "toda a liberdade" para limpar as migalhas da cozinha. E não ousarei "limitar os seus movimentos" enquanto ele passa um paninho molhado na mesa cheia de restos de sopa :))

 

Dom | 30.07.17

Quase que morria com uma máquina de cardio

Ana

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Não sou grande adepta de ginásio e é com grande dose de sacrifício que lá vou fazendo umas sessões.

Virei-me para a parte do cardio porque as aulas de grupo faziam-me sentir tonta (ver aqui), mas a verdade é que nem as máquina me ajudam!!

 

Na semana passada fui atacada por uma máquina de corrida (as ditas passadeiras) e a coisa podia ter corrido muito mal. 

Cheguei à máquina e carreguei no botão "start". Ela lá começou a andar, muito devagarinho. Como queria uma velocidade maior, carreguei no botão para aumentar velocidade. 

Nada aconteceu. 

Como a passadeira continuava a andar devagar, continuei a carregar no botão. 

 

E carreguei... e carreguei... e carreguei...

A verdade é que a velocidade continuava a mesma.

 

De repente... a máquina  lembrou-se que tinha que obedecer à dona. O problema é que se lembrou disso de uma só vez.

Todos os "cliques" que eu tinha feito no botão (+) para aumentar à velocidade, começaram a fazer efeito ao mesmo tempo!

 

Comecei a sentir o chão fugir-me dos pés....

A passadeira andava cada vez mais rápido, mais rápido, mais rápido!

E eu via o mostrador a aumentar a uma velocidade vertiginosa!

Velocidade 5, velocidade 6, velocidade 7, velocidade 8... Ahhhhhh!!!!!

Corri, corri em cima da passadeira até perder o fôlego. Nem sequer me passou pela cabeça (loira....) carregar no botão Stop de emergência.

 

Desesperada, decidi saltar para cima da passadeira. Fiquei pendurada em cima dos mostradores com as pernas a balouçar. Depois, para sair, abri as pernas uma para cada lado em "V" (espetáculo deprimente de se ver) e pousei cada uma de um lado da passadeira. Uff, estava safa.

 

Estava de todas as cores, Podia ter-me magoado a sério. Na minha cabeça só passavam imagens daquelas pessoas que caem nas passadeiras rolantes dos shoppings e ficam com o cabelo preso, acabando por morrer...

Lembrei-me até de uma notícia sobre uma mulherzinha cujo cabelo foi arrancado e ficou com o escalpe à mostra. 

 

Respirei fundo e decidi mudar de máquina. Sim, ainda tive coragem para continuar o treino...

 

Ainda pensei fazer queixa aos administradores do ginásio em relação à "passadeira assassina", mas logo a seguir uma rapariga de aspeto musculado e corpo tonificado foi correr em cima dela e... nada aconteceu. 

Os aparelhos do ginásio querem matar-me.

Vou encarar isto como um "sinal dos céus" e não vou colocar lá os pés tão cedo... Não acham que tenho razão?!

:)

Sab | 29.07.17

Prometo não falar destes temas

Ana

Não é por acaso que decidi criar um baby blog: a verdade é que eu própria sou leitora assídua de vários blogues dessa categoria e tenho aprendido muito com eles. 

 

Mas há coisas que me enervam um bocadinho. Uma delas é ouvir falar do mesmo tema várias vezes seguidas, em blogues diferentes. 

 

Há temas que neste momento viraram moda. Por isso, e porque já estou farta de ouvir falar destes assuntos, juro solenamente que neste blogue nunca vão ouvir falar de...

 

1- Método Montessori (não vou aplica-lo, pelo menos forma como vejo por aí. Já vomito ver camas em forma de casinhas de madeira, e outros objetos afins)

 

2- Baby led weaning (não tenho nada contra, mas bolas, parece que virou moda...)

 

3- Bóias em forma de cisne (??)

 

4- Panquecas (porque não consigo fazê-las, ficam todas queimadas. Portanto, basicamente, fico com dor de cotovelo ao ver as fotografias maravilhosas das panquecas que as outras mamãs fazem).

 

Posto isto, e feito o juramento, resta-me pensar de que temas irei falar nos próximos tempos... Não sei se vou conseguir dizer alguma coisa interessante, mas como diz o Pedro Chagas Freitas... "prometo falhar",

 

Qua | 26.07.17

Fui de férias sozinha para Ponte de Lima

Ana

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Dei de caras com a revista Evasões desta semana. Percebi, satisfeita, que se escreveu sobre os encantos de Ponte de Lima. 

 

À medida que deslizava as páginas da revista, comecei a sorrir interiormente. Estava a lembrar-me de uma viagem que fiz, sozinha, há muitos anos atrás!

 

Foi a primeira e única vez que viajei sozinha. E foi por opção.

Ponte de Lima foi o destino daqueles três dias de reencontro espiritual. 

 

Na astrologia defende-se que, de X em X anos, o nosso mundo físico e espiritual dá uma volta de 180º.

Não sei se é verdade. O certo é que eu estava a passar por uma fase complicada... Uma grande e dolorosa mudança de paradigma. 

 

Um local de trabalho que detestava, problemas pessoais, nervos em franja... O último ano tinha sido um caos. Sentia que a cada dia que passava, me estava a distanciar cada vez mais dos meus sonhos e do meu verdadeiro eu. 

 

Viajei para Ponte de Lima para me encontrar de novo.

 

Sabia que a Ana meiga, simples, divertida e inteligente estava ainda dentro de mim. Mas estava tão escondida e amedrontada no meio daqueles problemas todos, que não queria vir à superfície. 

 

Quando disse aos meus amigos que ia  passear sozinha, as reações variaram entre a surpresa e a comiseração. Entre o "estás tola, o que vais fazer três dias sozinha num sítio que mal conheces?" e o "coitada, não tem ninguém que a acompanhe..."

 

Eu tinha. 

 

Só não queria sobrecarregar os amigos com as minhas dores, as minhas dúvidas, as minhas lamúrias. Estava farta de me vitimizar. Estava farta de chatear os outros com as minhas picuices. 

 

Assim, avancei. Peguei no carro e fui. 

 

Não tinha hotel marcado, nem sítio onde ficar, mas não estava preocupada. Achei que deveria resolver os problemas à medida que fossem surgindo. Sem stress e sem ansiedade. Como a vida deveria ser, aliás. 

 

Acabei por alugar um quarto numa residencial manhosa, onde só pus os pés para tomar banho e dormir. 

 

No resto do tempo....

 

passeei na cidade

    li um livro aconchegada num banco de um jardim tranquilo

              fiz uma viagem de 10 km na ciclovia de Ponte de Lima

                           caminhei nos trilhos e perdi-me muitas vezes

                                      encontrei-me outras tantas

                                                 perdi um telemóvel numa valeta

                                                            comi como um lorde

                                                                    diverti-me nas lagoas

 

 

Fiz o que me deu na real gana! Tratei-me bem. Senti-me feliz.

 

A minha vida não mudou por eu ter passado em Ponte de Lima, porque as mudanças não se dão de um dia para o outro. São sempre graduais.

 

Muito menos a minha presença fugaz mudou alguma coisa na cidade. 

 

Mas foi uma viagem importante do ponto de vista psicológico. Reencontrei a força e senti-me bastante melhor.

 

É possível viajar sozinho. E pode ser bem agradável.

Ganhem coragem!

Ter | 18.07.17

Continuo "na zona"

Ana

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Saíram hoje os resultados do concurso interno de professores. Ainda não foi desta que fiquei efetiva numa escola. Continuo em "Quadro de Zona". 

 

Para quem não está familiarizado com estes termos, passo a explicar:

 

"Efetivar numa escola" (ou ficar em "quadro de escola") significa que o nosso contrato com uma determinada escola é permanente. Portanto, só saímos de lá se essa escola ficar com menos alunos, se não houver turmas suficientes, ou se estivermos insatisfeitos. Nesse caso, podemos concorrer para mudar. 

 

Eu estou numa situação intermédia chamada  "quadro de zona", o que até nem é mau.

Ok, ok... não estou fixa numa escola, mas também já não ando a vaguear pelo país fora.

 

 

Estou numa área designada por quadro de zona 1. Essa área está limitada, a norte, por Valença, a sul por Gaia, e a leste por Celorico de Basto. Estes são os sítios mais distantes onde me podem colocar. Claro que alguns destes já implicam viagens puxaditas (ou arrendar casa, nos sítios mais remotos), mas sempre é melhor que ir parar ao Algarve. Isto porque sou do norte. 

 

Foram precisos muitos anos para chegar até aqui. Muitas viagens, muitos sacríficios. Muitas horas longe da família e amigos. Algarve, ilha Terceira, ilha de S. Miguel... por todos estes sítios passei. 

 

Adiei sonhos e projetos. Vivi momentos felizes, mas também senti o isolamento e a solidão. 

 

Há três anos entrei no "quadro de zona". E a minha vida ficou muito, muito mais simples e confortável. 

 

Aguardo o próximo concurso com grande expetativa!

Os resultados saem no final de agosto e nesse momento vou ficar a saber, dentro da zona, qual foi a escola que este ano me calhou. 

 

Confuso? Nem por isso.  São ossos do ofício. 

 

O importante é que em setembro lá estarei, como sempre a dar o meu melhor.

A levar conhecimento e a arrancar sorrisos às novas gerações. Até breve, futuros alunos!

 

Seg | 17.07.17

Duas saladas de verão

Ana

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Depois de participar num workshop do club masterCOOK, fiquei com ainda mais vontade de cozinhar e de experimentar coisas novas. 

Percebi, como diz a chef Lígia que "dá sempre jeito ter uma dispensa/frigorifico recheado com imensas coisas", como queijo, legumes, fruta, sementes, plantas aromáticas, para depois misturar tudo e fazer pratos deliciosos. 

 

Desta vez resolvi fazer duas saladas. A salada A era a minha. Tinha mais coisas, porque eu gosto de quase tudo. A salada B... fiz para o outro vértice, que é um "esquisitinho" e não gosta de 90% de legumes do planeta. 

 

Quer uma, quer outra, serviram para eu aproveitar restos de frango do churrasco que tinham sobrado do dia anterior. 

Aqui vão as receitas. 

 

SALADA A

 

- Frango de churrasco (ou frango assado) desfiado;

- Cebola roxa cortada às tiras (de preferência mais pequenas e finas que as que estão na foto);

- Tomate cherry e tomate chucha de diferentes cores, cortados às rodelas;

- Mistura de alfaces (pode ser daquelas que já vêm do hipermercado cortadinhas e em saquinhos- há que ser prático);

- Sementes de abóbora e de girassol

- Nozes cortadas em pedaços pequenos

- pinhão, caju ou algo do género

- beterraba desfiada (pode ser no mesmo ralador com que se rala a cenoura);

 

 

SALADA B

 

- Frango de churrasco (ou frango assado) desfiado;

- Cebola roxa cortada às tiras (de preferência mais pequenas e finas que as que estão na foto);

- Pêssego cortado aos quadrados para substituir o tomate (que o vértice masculino não gosta)

- Mistura de alfaces (pode ser daquelas que já vêm do hipermercado cortadinhas e em saquinhos- há que ser prático);

- Sementes de abóbora e de girassol

- Nozes cortadas em pedaços pequenos

- pinhão, caju ou algo do género

- beterraba desfiada (pode ser no mesmo ralador com que se rala a cenoura), mas muito menos que quantidade que na outra salada - o marido odeia, só pus para ver se o conseguia despistar. Deve ter corrido bem, porque ELE não se queixou, kkkk... 

 

Molho para a salada

 

  • Vinagre balsámico
  • Sal
  • Azeite
  • Oregãos

 

BOM APETITE

Dom | 16.07.17

Tudo mudou

Ana

Dantes marcavam-se jantares. Hoje, marcam-se almoços ou lanchinhos.

Dantes conversava-se até altas horas. Agora, às dez da noite, já estamos a bocejar de cansaço.

Dantes curava-se a ressaca com uma soneca na manhã seguinte. Hoje, não temos ressacas. 

Dantes almoçava-se com tempo. Hoje, podemos nem sequer almoçar. 

Dantes tomava-se banho de imersão. Agora, tomamos duche em 2 minutos. 

Dantes falava-se de música. De futebol. De viagens. E de sonhos. Hoje, falamos sobretudo dos filhos.

Dantes queria-se estar sempre acordado. Agora, queremos é que nos deixem dormir. 

Dantes sabia-se tudo. Agora, temos medo de não saber nada. 

Dantes, procurava-se o amor. Hoje, sabemos que o amor sempre esteve dentro de nós. 

Dantes era-se filho. Agora, somos sobretudo pais.  

Dantes tinha-se tudo controlado. Agora, aprendemos a ir na onda deles. 

Dantes a vida era diferente. Agora, tudo mudou. 

 

Já não somos jovens. Já não fazemos noitadas. Já não temos tempo para cinema e para festas. 

Mas somos felizes assim. E não queremos voltar atrás. 

 

Dantes, procurava-se o significado da vida. Hoje tudo faz sentido no vislumbre do sorriso de um bebé. 

Sab | 15.07.17

Papaia Recheada

Ana

Esta semana, uma tia veio jantar cá em casa. Resolvi fazer uma entrada (receita dada por uma amiga) que adoro: papaia recheada.

 

Começando pelo fim... o resultado final foi este:

 

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 É muito simples de confecionar. São precisos apenas estes ingredientes:

 

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Para quem não conseguir perceber quais são os ingredientes (a foto está um pouco desfocada, eu sei), aqui vai a receita completa:

 

Papaia Recheada com Marisco (para 4 pessoas)

 

Ingredientes:

- 2 papaias prontas a comer

- 10 delícias do mar

- 1 saquinho de camarões descacados congelados

- Alface cortada em "juliana"

- Molho rosa (ou molho cocktail, como o da imagem)

 

Procedimento:

1- Corte as papaias em metades e retire as sementes pretas;

2- Desfie as delicias do mar e, em seguida, pique-as em pedaços pequenos (mais pequenos ainda do que se vê na imagem- eu fui um bocado baldas nesta parte);

3- Coza os camarões 3 minutos em água, sal e um pouco de pimenta;

4- Corte os camarões em pedacinhos pequenos;

5- Misture as delícias, com os camarões e os pedacinhos de alface;

6- Acrescente o molho cocktail até obter uma mistura consistente (se gostar do sabor, pode acrescentar também um pouco de sumo de lima);

7- Coloque este "recheio" no buraquinho da papaia, onde anteriormente se encontravam as suas sementes

8- Já está! Bom apetite!

 

Ah! Esqueci-me de dizer. Esta receita é para comer com uma colher, tipo sobremesa, tentando retirar o recheio juntamente com pedacinhos de papaia. É tãooooo bom!

 

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