Como dorme um bebé de 18 meses
Uma das coisas que aprendi ao longo destes últimos meses é que, na história de um bebé, nada é definitivo. Estão a ver esta fotografia, tirada quando o nosso bebé tinha apenas 10 semanas?
Nessa noite o Vasco tinha dormido pela primeira vez uma noite inteira. Ele estava feliz (como se pode ver pela imagem) e eu... mais ainda!
Ingénua, pensei que a evolução de um bebé fosse uma coisa linear. Enganei-me, pois logo na noite seguinte, o Vasco voltou a acordar duas vezes, o mesmo se passando com as restantes noites a partir daí.
Hoje em dia, o nosso bebé acorda uma vez durante a noite. Temos noites plenas, de sono contínuo, mas ainda são coisa rara na nossa vida de pais.
Sabemos que há bebés que "dormem a noite toda", por exemplo, da meia noite às 7:00 da manhã. Também temos conhecimento de outros que acordam de hora a hora.
Tendo em conta o panorama mundial... não nos podemos queixar muito. Mas se há coisa que percebemos é que não pode haver certezas absolutas no mundo dos babys.
E em relação ao modo de adormecer?
Também aqui, eu o Zé fomos percebendo que nada é eterno.
Até aos quatro meses, o Vasco adormecia ao colo a mamar. Depois, começou a rejeitar colo e a odiar estar preso. Esta imagem que coloco abaixo, deixou-me muitas saudades.
Dos quatro aos oito meses, o Vasco foi adormecendo ora na caminha dele, ora no carrinho de bebé (com muitos quilómetros percorridos à volta da casa), mas nem pensar em querer colo.
Ás vezes as pessoas perguntavam-me: O teu filho já não adormece ao colo? Que sorte!
E eu a desejar tanto que ele parasse quieto um segundo nos meus braços para lhe poder fazer uns miminhos.
A partir dos oito meses, o nosso reguila boicotou a cama. Só o conseguíamos adormecer no seu carrinho, a ver desenhos animados.
Agora... com 18 meses... ficou carente! Lembrou-se que quer novamente o colinho da mãe! E eu tão feliz por ter o meu menino "de volta" para os meus braços.
Fico com tremendas dores nas costas por adormecê-lo ao colo. E às vezes penso que ele está a fazer o percurso inverso ao de outras crianças. Afinal, penso eu, a lógica não será desprender-se cada vez mais da mamã e do colinho e ganhar autonomia?
Podia ficar confusa com estes pensamentos. Podia ficar apreensiva. Mas sabem que mais? Não estou nada chateada. Estou para lá de contente!
Estou a adorar sentir os abraços do meu menino reguila. Fico tão feliz quando encosta a cabecinha no meu ombro. Sinto-me tão bem quando adormece ao som de uma música que lhe vou cantando baixinho.
Até aos quatro meses dei-lhe colo. Dos quatro aos 18, qual salamandra escorregadia, o meu Vasco reguila e extremamente autónomo quis andar livre por aí.
Agora quer miminhos novamente. Já tinha saudades!
Que se danem as teorias do "adormecer na cama sozinho".
Que se lixem as teorias dos mais conceituados investigadores.
Eu só sei uma coisa. O tempo passa depressa. Um dia vou acordar e ele vai ser grande.
Um dia já não vai querer mais estes abraços.
Por isso vou dar-lhe colinho até ao fim.
Estão aqui, para ele, todos os abraços do mundo.