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O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

O Triângulo Perfeito

A vida de uma família perfeitamente normal

Qui | 23.03.17

Sapatilhas de quê??

Ana

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Estou a ver este bebé? Estão a ver este saco? Pois é. Parece que vamos ter que ir trocar uma das prendas que demos ao papá no domingo passado!

 

É que a mamã, pelos vistos, não tem jeito nenhum para escolher sapatilhas! :) 

 

Depois de ter passado quase três quartos de hora numa loja de desporto, pensei ter finalmente encontrado as sapatilhas ideais... Eram giras, eram confortáveis, eram sóbrias... e acima de tudo tinham umas barras pretas que condiziam perfeitamente com o fato de treino do maridão.

 

Mas (e ainda dizem que escolher presente para mulher é difícil) quando o Z. abriu a caixa... percebi que a escolha não tinha sido assim tão boa: 

 

- Por que é que me estás a dar umas sapatilhas de futebol de salão?

- Sapatilhas de quê?

- Futebol de Salão, sim. Não vês que têm esta sola antiderrapante na parte da frente? É para não escorregar...

- E não podes andar com elas na rua? Se são antiderrapantes até te ajudam, com o tempo que tem estado ultimamente. Assim não escorregas no piso molhado da chuva...

- Hum... não. Não havia outras?

 

Sim, havia outras... havia dezenas de outras sapatilhas! Mas eliminei as que tinham pitões porque não davam para andar na rua. Depois eliminei aquelas cheias de cores porque me fazia confusão todo ruído. E depois vi umas giras, mas deu-me a sensação que ele já tinha outras iguais...

(ainda tive que ouvir "olha até me podias ter dado as que tinham pitões, dava para eu jogar futeboll". Grrrr!!)

 

Bem... o que vale é que na loja há imensa oferta. E desta vez não somos nós (bebé e mamã) que vamos escolher. Vai lá o papá que assim já não se queixa!

 

O que vale é que ainda sobraram duas prendas do dia do pai: umas meias para jogar futebol daquelas que vão até cima dos joelhos (deve haver um nome específico para estas meias, mas a minha cultura desportiva não chega a tanto) e a prenda FOFINHA!

 

A prenda fofinha foi encomendada e só chega amanhã! Mortinha por mostrar aqui no blogue. Posso não ter jeito para material desportivo, mas este presente sei que o pai Zé vai A-DO-RAR!!

Sex | 17.03.17

Lisboa, a Foz... e o resto de nós

Ana

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As conversas que temos uns cons os outros nos parques infantis podem ser bem-dispostas, triviais ou até mesmo a base para reflexão.

Numa tarde solarenga do mês de março, estava num desses espaços de brincadeira e acabei por entrar num diálogo que me fez matutar.

Um senhora e o seu neto, brincavam alegremente no parque. Como sempre acontece, dado que sou tagarela, não foi preciso muito para que começássemos a falar.

Partilhámos peripécias, recordações e, como é óbvio, falámos das gracinhas dos nossos pequenos (filho/neto). 

A dada altura, a senhora começou a falar dos seus muitos filhos. Ao que parece, "dois vivem em Lisboa, outro vive na Foz e os outros estão todos por cá". 

Como sou muito sensível às pequens variações de tom de voz, não pude deixar de sentir a diferença de entoação- na primeira parte da frase percebi orgulho insuflado, ao passo que a informação "os outros estão todos por cá", foi atirada para o ar com indiferença.

 

Portanto, pelo que percebi: 

 

  • Ser de Lisboa é motivo de orgulho (não interessa de que zona de Lisboa, nem de que bairro). Lisboa é como o Soares ou como o Panda. Lisboa é Fixe. 

 

  •  Tão fixe como ser de Lisboa, pelos vistos, é ser da Foz (do Porto). Confesso que achei piada ao modo como a senhora falou. Não disse que um dos filhos morava no Porto. Não! Ele morava na Foz. Como se a Foz fosse uma outra cidade, bem distante, e completamente distinta. 

 

  • Fora da capital e da zona in do Porto, moravam os outros filhotes. Mas ao contrário dos primeiros, estes não tiveram direito a uma precisa geolocalização.

 

 

Tanto quanto sei, podiam ser de Trás-os Montes, de uma aldeia do nosso concelho ou até mesmo... da cidade do Porto. Sim, da cidade do Porto! Alguns filhos até podiam morar na Avenida da Boavista. Mas não interessa... porque não eram da Foz. E a Foz foi o único sítio a merecer identificação.

 

Adorei conversar com aquela senhora e achei-a super simpática. E esta análise não pretende ser sarcástica... Falo apenas porque achei curiosa a forma como descreveu a morada dos filhos. 

 

A tarde ficou fria e decidi abandonar o parque com o meu pequeno V. Mas antes, ainda fiquei a saber que, no Dia do Pai, ia haver um almoço de família. Todos os filhos se iriam reunir na mesma mesa.

Imaginei "os de Lisboa" com os dedos molhados a afiambrar uma coxa de perú. Vi uma imagem do "filho da Foz" às voltas com a churrasqueira do jardim. Visualisei "os de cá" a pôr a mesa e atacar umas costoletas. Sorridentes e tagarelas, juntos em família. 

E pus-me a pensar: todos misturados com as suas esposas e crianças...seriam assim tão diferentes? Conseguiria eu, distingui-los?!

Penso que não. 

Ter | 14.03.17

Polvo à Gomes de Sá

Ana

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Confusão? Ignorância? Não quereria eu dizer "Bacalhau à Gomes de Sá"?

 

Não. É mesmo polvo. Só que confecionado de uma forma que faz lembrar o famoso prato de bacalhau. 

 

Partihei a imagem desta receita há algum tempo no instagram, e prometi que ia explicar tim-tim por tim-tim como se faz. Confesso que fui adiando a tarefa... até hoje.

 

Atão é assim (e é nesta altura que eu me armo em chef de cozinha com palmarés internacional)

 

Primeiro, corta-se as batatas aos quadradinhos pequeninos (convém não aldrabar nesta etapa: se os quadrados forem grandes, vai ficar feio).

 

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Depois... tcharam... coze-se as batatas (aqui vai a imagem para esclarecer como se cozem batatas, ah ah)

 

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Em seguida, pica-se cebola e salsa bem fininhas para um futuro pseudo molho vinagrete.

 

Também aqui é a forma como se pica que torna o prato bonito.

 

Como estão a ver, nesta parte eu já estava com mens paciência, por isso a salsa ficou uma bodega:

 

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Ah! Esqueci-me de dizer que enquanto se faz isto tudo, convém que o polvo já esteja a cozer.

 

Há muitas dicas e teorias para cozer polvo. Eu não uso nenhum truque em particular. Ponho a panela com água até meio, e quando a água está a ferver... pimba, assapo o polvo lá dentro. Deixo estar 45 minutos (para mim, o tempo é que é importante). Chega a uma parte que a panela está quase sem águam, espeto o garfo e, sim, o polvo está pronto.

 

O meu polvo fica sempre bem.

 

Avançemos. Agora corta-se o polvo aos quadradinhos e mistura-se com tudo o resto que está para trás:

 

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Depois de misturar também com as batatas, tempera-se com azeite, vinagre, e um pouco de sal.

 

Então e a parte do "Gomes de Sá"? O toque Gomes de Sá é conferido pelas batatas aos quadrados, em vez de estarem cortadas em metades como num polvo à vinagrete normal.

 

Para dar um toque ainda mais bacalhoso, decora-se com azeitonas e ovo cozido. E cá temos um prato colorido e muito saboroso!

 

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Onde é que está o ovo? O ovo cortado às rodelas foi posto depois desta foto, mas aí já estava com tanto apetite que esqueci-me de tirar fotografia. Limitei-me a comer! Hummmmm...:)

 

 

Seg | 13.03.17

Festa Vintage ou como Celebrar a Vida em grande Estilo

Ana

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Depois do assalto da semana passada, a moral deste triângulo andava pelas ruas da amargura. Precisávamos mesmo, mesmo de algo que nos afinasse os ângulos. Eu sabia, por experiência própria que a festa de aniversário do meu irmão seria capaz de nos fazer esquecer os maus momentos e... voilá, não me enganei!

 

Todos os anos, no seu aniversário o meu irmão organiza uma grande festa. Quando digo "grande", estou a ser honesta. É coisa para 70 a 80 pessoas, eh eh!

 

Não é por acaso que o lema geral desta festa é "Celebrar a Vida". É que na verdade trata-se de uma festa tripla: celebra-se o nascimento do meu irmão, o nascimento do meu sobrinho (que por acaso nasceu na mesma data) e a vida que renasce após uma doença oncológica.

 

Há dois anos, tivemos o Natal mais triste do mundo. Em dezembro, o meu mano foi fazer exames médicos porque estava a sentir algumas dores nas costas e, na volta, acabou por descobrir um cancro num dos rins. 

 

Felizmente, o problema estava circunscrito e a rapidez dos médicos permitiu a retirada das células doentes. Ainda assim, naquelas semanas o nosso mundo tremeu e percebemos como é tão, mas tão importante aproveitar a vida ao máximo. Há todo um mundo, antes e depois do cancro. E só quem atravessa esse deserto de dor é que percebe o que digo.

 

No ano passado, a big party teve como tema "Festa Havaiana" e posso dizer que foi lindoooo! A sala de eventos estava decorada ao pormenor, havia música a condizer e até uma pérgola decorada com flores foi montada no recinto.

 

Este ano, o tema "anos 20", não lhe ficou atrás! A família triângulo foi vestida a preceito e até o mai novo recuou no tempo!

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 Aqui com o pai e um ar bastante compenetrado. Para onde estaria a olhar?

 

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O bom gosto atravessa gerações. Com 70 anos de diferença, avô e neto aderiram ao estilo vintage.

 

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A avó Lola também se vestiu a rigor. Que linda que estava!!

 

Regressando à festa... foi tão giro ver toda a gente com estilo vintage! E até um carro para tirar fotografias existia na sala!

 

Desejo que esta festa se repita por muitos, muitos e muitos anos... sempre com amigos alegres, sempre com boa saúde e disposição. Podem mudar os temas, a ementa, o local da festa, mas que nunca deixemos de celebrar a vida.

 

Parabéns querido irmão e sobrinho do meu coração! Que toda a felicidade do mundo esteja com vocês!!

 

Sex | 10.03.17

Folow Friday

Ana

Não sei se ainda vou a tempo, porque a "friday" já está a terminar, mas gostava muito de recomendar este post de um blogue que adoro, e que tem coisas tão bem escritas que às vezes até fico com pena por não ter sido eu a escrever.

 

Podia falar de muitos posts, mas vou deixar aqui este que, embora longo, vale muito a pena ler:

 

http://www.eagoraseila.pt/confeisho-a-god-1118176

 

Bom fim de semana a todos!!

Sex | 10.03.17

Fomos assaltados!

Ana

Depois de uma semana de trabalho super hiper mega stressante, a última coisa que me faltava era chegar ontem à minha garagem para constatar que... o meu carro tinha sido assaltado. 

 

Na madrugada de quarta para quinta feira, alguém entrou no parque de estacionamento do nosso prédio e fez uma "limpeza". Um dos carros que lá estava estacionado ficou sem os pneus. O nosso teve mais sorte- ficou sem as escovas parabrisas. 

 

Se o carro não sofreu muito, já o interior do mesmo não se pode gabar de tal sorte. Dentro do carro estavam alguns objetos muito importantes para a nossa família e agora estamos desolados com a perda. (Eu sei!! Eu sei!! Se os objetos eram importantes porque é que estavam no carro?  Não há comentários possíveis à minha estupidez...)

 

O mais estranho é que nesse dia, e em conversa com conhecidos, percebemos que assaltaram outras garagens, em outros prédios, deixando carros sem vidros, sem rodas, sem jantes... enfim, uma razia!!

 

Tanto assalto junto numa só noite... isto parece-me obra de um bando bem organizado e não apenas de dois ou três larápios de meia tijela. 

 

Já fui à polícia prestar declarações... resta esperar que apanhem os bandidos. 

 

Morta que uma nova semana comece. O que vale é que amanhã o manito faz anos e vai ser "Fiesta Time!"

Ter | 07.03.17

Ainda há quem espete a massa contra a parede?!

Ana

Parece que sim. E o meu marido é um desses espécimes.

Hoje, resolvi fazer um esparguete com salmão desfiado e o Z. ofereceu-se (será uma pré-prenda do Dia da Mulher?) simpaticamente para cozer a massa. 

Fui tomar banho, relaxar... e quando chego à cozinha deparo-me com isto:

 

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Sim. É verdade. Parece que este é (ainda, e depois de muitos anos de prática) o método que o Z. continua a usar para saber se a massa está pronta. 

Segundo palavras dele: " se a atirar contra o azulejo e cair... está crua. Se ficar colada, está boa."

Eu não sou muito fã deste "truque infalível" de culinária, porque gosto da minha massinha al dente (por isso a minha nunca cola), mas fica aqui a dica de culinária, para quem a quiser seguir. 

Podem sempre sugerir aos vossos companheiros que vos escrevam uma mensagem romântica na azulejo com massinhas grudadas na parede. 

Eu vou continuar à espera. Pode ser que esta dica... cole. 

Seg | 06.03.17

O legado dos professores

Ana

Na semana passada, estive num jantar-convívio com colegas de trabalho e a noite ficou gravada no meu arquivo das memórias felizes.

Não foi só a comida (que era ótima!) ou a boa disposição... Foi também a mensagem, lida no final da noite, por um dos meus colegas.

O texto não era dele. Mas o sentimento, sim. E cada palavra lida pelo meu colega em tom solene, reverberou no coração de todos nós. E era assim:

 

"O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.

O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade."

(José Luís Peixoto)

 

É isso. O trabalho dos professores é a generosidade. Adorei o texto (podes ler o resto aqui) e não podia concordar mais.

Não somos a classe mais adorada, mas sabemos que somos importantes. Somos os "guardiões da esperança" (mesmo autor).

 

Concordam?

Sex | 03.03.17

O que diz um bebé de 15 meses?

Ana

Neste momento o V. começa a desenvolver um pouco mais a fala e já diz algumas palavras com bastante clareza. São elas:

 

- Mamã

- Papá

- Pé

- Cócó

- Kika (nome da gata)

-Cão

- Carro

- Tá aqui!

- Tá ali!

- Anda cá

- Bó (para bola)

- Agú (para água- aliás esta foi a primeira palavra que disse, bem antes de mama e de papa :)

 

Para além disso, desde há aguns meses imita o som de alguns animais (sempre os mesmos- cão, porco, vaca e leão)

 

O que dizem disto? Que palavras dizem ou disseram os vossos meninos com esta idade? Alguma palavra em especial que tenham achado engraçada? 

 

A palavra que mais nos orgulha neste momento é "carro"- primeiro porque não é propriamente fácil; em segundo lugar porque ele preferiu dizer carro em vez de popó, o que nos deixa bastante satisfeitos.

 

Estamos ansiosos por ouvi-lo dizer mais coisas!

Qui | 02.03.17

Vestido para a Festa

Ana

No dia 18, o tio Bino fez 75 anos e organizou uma grande festa. O Vasco não quis destoar do ambiente e foi vestido a rigor ;)

 

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Estávamos com algum receio em relação a esta festa, por ser à noite, numa hora em que normalmente o V. já se encontra a dormir. Mas correu tudo bem. Brincou, brincou e acabou por adormecer durante a hora da refeição (o que deu muuuuuito jeito...). Acordou mais tarde com o som da música e voltou de novo à brincadeira.

 

Os dois dias seguintes, como seria de esperar, já foram um pouco mais complicados, pois teve que "acertar" de novo o horário de sono. Mas valeu a pena. Divertiu-se, conheceu outras crianças e visitou um sítio diferente.

 

Eu consegui superar a missão "não cair redonda no chão" o que foi um feito assinalável. Levava umas sandálias todas catitas mas com um salto enorme e o Zé passou a noite a fazer apostas sobre "onde" e "quando" é que eu ia escorregar.  (tropecei uma vez, mas não conta porque ele não viu...)

 

No geral, foi uma noite muito feliz, onde conseguimos conviver, dançar e relaxar um pouco, ao mesmo tempo que usufruímos da companhia do nosso filhote.